Autorização da Artesp vai permitir a criação de obra para desafogar trânsito na D. Pedro e facilitar acesso a hipermercado
Máquinas preparam o terreno na rodovia SP-340, em frente a hipermercado, para melhorias viárias (Érica Dezonne/AAN)
A concessionária Rota das Bandeiras aguarda aval da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) para iniciar as obras de melhorias no trevo que liga a Rodovia D. Pedro I (SP-065) à Rodovia Adhemar Pereira de Barros (SP-340), em frente ao hipermercado Extra, em Campinas. No local será construída uma alça adicional com passagem inferior para que os motoristas que deixarem Campinas pela Rodovia Miguel Noel Nascentes Burnier (paralela à sede da CPFL Energia) possam acessar o hipermercado sem a necessidade de trafegar pela SP-340. Com a criação da passagem, o acesso será ligado à via municipal construída pelo hipermercado em seu entorno.
A criação da alça irá mudar completamente a paisagem da área e também ajudará na redução do fluxo de veículos. Segundo a concessionária, o valor da obra é de R$ 3,5 milhões e a previsão é que esteja concluída no prazo de seis meses, a partir do momento em que seu projeto funcional for aprovado pela agência. Segundo a Artesp, uma reunião com a concessionária está marcada para esta semana, quando será analisado o projeto.
A assessoria de imprensa da Rota das Bandeiras informou que a construção de uma alça de melhoria no local já estava prevista no contrato de concessão com o Estado. Porém, o projeto teve que sofrer alterações para suprir o aumento no fluxo de veículos na área com a instalação do hipermercado.
Funcionários da concessionária começaram esta semana a fazer a retirada de terra com tratores e caminhões às margens do trevo. O material do local está sendo aproveitado nas obras das marginais da D. Pedro I. Além disso, está sendo feita uma limpeza na área para adiantar a construção da alça, caso seja aprovada pela agência reguladora.
O hipermercado Extra chegou a ficar embargado por quase dois anos porque o alvará foi expedido de forma irregular pela Prefeitura na gestão do ex-secretário de Urbanismo Hélio Jarreta, no governo do prefeito cassado Hélio de Oliveira Santos (PDT). Um dos problemas identificados pelo Ministério Público (MP), autor da denúncia, foi a falta de investimento no sistema viário da região para atender o aumento do fluxo de trânsito no local. Com a inauguração do hipermercado, e com a estrutura viária da época, haveria o risco de colapso no sistema de tráfego no entroncamento entre as duas rodovias.
O hipermercado só foi inaugurado em setembro do ano passado, mesmo sem o aval da Artesp para o uso de um acesso provisório. O empreendimento se justificou afirmando que estava cumprindo todas as exigências estabelecidas em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MP e a Prefeitura.