Compromisso de proteção às pessoas

A empresa Tetra Pak, sediada em Monte Mor, cidade da Região Metropolitana de Campinas (RMC), adotou medidas de apoio aos trabalhadores de cooperativas de materiais recicláveis, considerados importantes elos para a reciclagem das embalagens no Brasil. Em parceria com o Cempre (Compromisso Empresarial para a Reciclagem) e a plataforma Reciclar pelo Brasil, será feito um aporte financeiro para a compra de kits de higienização, máscaras protetoras e alimentos básicos, atingindo cerca de 5 mil cooperados. De acordo com a empresa, o objetivo é seguir o compromisso em sustentabilidade e cumprir a promessa da marca de proteger os alimentos, as pessoas e o futuro. A iniciativa vai beneficiar duas cooperativas na região, a Cooperativa Aliança, que fica em Campinas, e a Cooperlínia, que fica em Paulínia, atingindo 51 catadores de recicláveis. A companhia estimula e valoriza os catadores há mais de 20 anos e acredita que a colaboração é uma forma de minimizar o impacto da crise gerada pelo novo coronavírus nas cooperativas de materiais recicláveis. "Nossos pensamentos estão com as pessoas que tiveram suas vidas afetadas por conta da situação atual. Diante de um desafio sem precedentes, estamos empenhados em direcionar nossos esforços para a colaboração e ajudar comunidades vulneráveis que acompanhamos há tantos anos. É nosso compromisso agora, mais do que nunca, atuar de modo a proteger as pessoas e o futuro", afirma Valéria Michel, diretora de sustentabilidade da Tetra Pak do Brasil e Cone Sul. Em parceria com o Cempre, serão impactados mais de 820 cooperados de 62 cooperativas localizadas nos mais diversos municípios do País. A companhia também apoiou levantamento realizado pela entidade com uma equipe de cerca de 20 consultores para identificar o panorama sobre a coleta seletiva no Brasil e as necessidades das cooperativas frente à pandemia de Covid-19. Alguns dos dados coletados apontam que cerca 35,5% dos municípios não alteraram a programação da coleta seletiva; 26,3% reduziram a frota de caminhões e a frequência de entrega dos resíduos nas cooperativas; 24,9% dos municípios suspenderam temporariamente o serviço de coleta seletiva e 12,7% dos municípios avaliados não possuem o serviço de coleta seletiva implementado. De acordo com a empresa, o levantamento servirá como base para identificar questões relevantes tanto para incentivar ações que continuem auxiliando o elo da cadeia da reciclagem que está sendo afetado pela paralisação quanto para o início da elaboração de planos e iniciativas direcionados para a retomada das atividades. A Tetra Pak também participa da plataforma Reciclar pelo Brasil, programa de cooperação entre 15 empresas e associações de diferentes segmentos do mercado em parceria com a Ancat (Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis). O grupo dará suporte financeiro?às famílias de cooperados durante?dois meses. A previsão é que mais de?4.300?cooperados de 160 cooperativas recebam o auxílio. É por meio da Reciclar pelo Brasil que as duas cooperativas da região serão alcançadas pela iniciativa da Tetra Pak para auxiliar os 51 cooperados. Empresa segue com produção Fornecedora de embalagens cartonadas e equipamentos para a indústria alimentícia, a Tetra Pak, segundo a assessoria de comunicação, tem se esforçado para continuar operando normalmente para garantir o acesso ininterrupto a alimentos e bebidas. Para isso, a empresa tem seguido medidas rigorosas em acordo com as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde), priorizando a saúde e a segurança de seus funcionários. Cadeia de valor contribui para evitar desperdícios Quando a cadeia de valor da reciclagem está funcionando bem, evita desperdícios, economiza recursos e reduz o impacto climático. Para garantir que os esforços para a reciclagem estejam alinhados com os negócios, desde 2018 a Tetra Pak estabeleceu novas equipes de economia circular, organizadas em nossa função global de sustentabilidade. A companhia usa matérias-primas de alta qualidade para produzir as embalagens e cumprir a missão de tornar os alimentos seguros e disponíveis em todos os lugares. "Depois que nossa embalagem tiver cumprido seu propósito, essas matérias-primas não deveriam ser desperdiçadas. Em vez disso, elas podem ser coletadas, com uso de técnicas relativamente simples, e recicladas para algo útil", afirma a empresa. Em média, mais de 70% do material das embalagens da Tetra Pak são feitos de fibras de papel fortes e longas, que podem ser recicladas várias vezes. A camada fina de polímeros, ou plástico, nas embalagens cartonadas para bebidas pode ser combinada a outros polímeros e transformada em novos produtos, como telhas, engradados, caixas cartonadas e muito mais. "Como parte da nossa promessa recente à estratégia de plásticos da União Europeia, trabalharemos com parceiros do setor a fim de garantir que soluções de reciclagem estejam em vigor para todos os componentes de embalagens cartonadas para bebidas até 2030", reforça a empresa. A reciclagem contribui para uma economia circular de baixa emissão de carbono que mantém materiais valiosos em uso. A reciclagem previne também os detritos, economiza recursos e reduz o impacto climático. Trabalhos são exemplos para o cooperativismo A Coorperlínia, além de ser exemplo de proteção ambiental, trabalho e cidadania, se destaca como modelo de cooperativismo. Enquanto muitas cooperativas de reciclagem do País ainda caminham lentamente, operando de forma simples e, muitas vezes, de forma precária, a cooperativa vai além da luta diária pela sobrevivência de seus associados. Instalada em Paulínia, a unidade se destaca pela eficiência em sua gestão. Como em qualquer empresa, os cooperados buscam o máximo de produtividade a custos operacionais reduzidos, mantendo um padrão de qualidade nos serviços. O fato de ser a única cooperativa do gênero a conquistar em 2004 a Certificação de Responsabilidade Social ISO 14001 constata a seriedade do trabalho desenvolvido. Por isso, ela se tornou uma referência nacional, conseguindo proporcionar uma série de benefícios aos cooperados, inclusive ganhos acima da média. A Cooperativa Aliança foi fundada em outubro de 1999 por membros da Paróquia Nossa Senhora das Dores, no bairro Cambuí, Campinas, visando a geração de trabalho e renda. Com apoio da ONG EDH (Ecologia e Dignidade Humana), da Federação das Entidades Assistenciais de Campinas (Feac) e do Rotary Club, o trabalho foi iniciado com cinco cooperados que realizavam a coleta em tração humana nos condomínios e comércios do bairro. Em pouco tempo, o sucesso da Cooperativa foi tão grande, que houve a necessidade de alugar um galpão para ampliar atuação. Em 2011 a Cooperativa contava com 30 cooperados(as) e expandiu suas atividades para todo o munícipio de Campinas. Em 2014 a Cooperativa mudou-se para um terreno cedido pela Prefeitura de Campinas no Jardim Mirassol.