Compra de imóveis cresce 31% em Campinas

O interesse pela compra de imóveis cresceu 31% em Campinas no mês de agosto deste ano comparado ao mês anterior. Este é o resultado de um levantamento da OLX Brasil sobre a demanda por imóveis à venda na região de Campinas. Em relação ao tipo de imóvel, casas tiveram alta de 35% na procura, enquanto os apartamentos tiveram aumento de 22% na demanda. Foram analisadas as 73 cidades com DDD 019. Dentre as cidades da região, os municípios que mais atraíram futuros compradores foram Campinas, Indaiatuba, Hortolândia, Sumaré e Piracicaba. Marcelo Dadian, diretor de imóveis da OLX Brasil, explicou o maior interesse nestes tempos de pandemia. "As taxas de juros estão muito atraentes para o financiamento de imóveis. Além disso, a pandemia fez com que muitas pessoas passassem mais tempo em casa e repensassem sua relação com a maneira de morar, seja em busca de um ambiente mais confortável ou de uma outra localização", ponderou Dadian. A expectativa dos investidores do mercado imobiliário na região é de retomar o ritmo e o panorama do final do ano passado. Vale destacar que antes da pandemia, em setembro de 2019, pesquisas sobre o mercado imobiliário de Campinas já apontavam que o município tinha índices animadores de oportunidades para os investidores. Na ocasião, o mercado de fundos imobiliários estava em alta. Roberto Mangabeira, diretor executivo da Building Empreendimentos, disse naquela época que as empresas da região colocavam Campinas na posição de destaque. Na opinião dele, os lançamentos de alto padrão acabam sendo sempre um sucesso de vendas em poucos dias. Fábio Valle, diretor executivo da V7brasil, destacou também na ocasião que a força do mercado local adere com sucesso empreendimentos de alto padrão. No final de 2019, Campinas aparecia entre as principais no mercado de locação imobiliária comercial do País de acordo com o índice FipeZap de Venda e Locação Comercial, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Dados regionais mostravam que Campinas estava se destacando no mercado imobiliário brasileiro – até mesmo se comparada com as principais capitais. A pesquisa tinha sido feita nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Brasília, Salvador, Campinas e Niterói. Em setembro do ano passado, Campinas já apresentava alta real de 0,36% no preço médio de locação de salas e conjuntos comerciais, enquanto capitais como São Paulo, Porto Alegre e Curitiba apresentaram queda real, sendo as duas primeiras de 0,09% e a última de 0,04%, respectivamente. Na ocasião, Campinas estava com uma variação anual superior no preço médio de locação de imóveis nesta categoria. Quando comparada a São Paulo — considerada o maior mercado imobiliário do País — a alta real em Campinas era de 3,80%, enquanto na Capital havia queda real de 1,29%. Ainda com relação à locação comercial do período, Campinas estava com a segunda maior taxa anual de rentabilidade (6,18%), ficando atrás apenas de Salvador (7,42%), à frente, portanto, de todas as outras localidades consideradas pela pesquisa. Ficou, também, acima da média ponderada entre as dez cidades avaliadas, que foi de 5,33%.