Governo e vereadores da base se reunirão na segunda-feira, antes da votação do pedido de CP, que pode cassar o mandato do prefeito Jonas Donizette
Governo e vereadores da base se reunirão na segunda-feira, antes da votação do pedido de Comissão Processante (CP), que pode cassar o mandato do prefeito Jonas Donizette (PSB), para decidir como a base votará. A CP, protocolada pelo vereador Marcelo Silva (PSD), visa apurar omissão e negligência do prefeito na defesa dos interesses da cidade no Hospital Ouro Verde, na gestão da OS Vitale Saúde. O secretário de Relações Institucionais, Wanderley Almeida, participará da reunião. O líder de governo, Marcos Bernardelli (PSDB), informou que esteve ontem com Almeida e, juntos, leram o relatório de 155 páginas elaborado pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que detalha a participação de cada um dos oito alvos da terceira fase da Operação Ouro Verde, além do despacho do juiz e o pedido de instalação da Comissão Processante. “Enviamos todo esse material para os vereadores da base para que leiam, analisem e na segunda-feira possamos tomar uma decisão conjunta”, afirmou. Imprensa Parte dos vereadores da base do governo na Câmara chamou a imprensa ontem e descartou a possibilidade de assinar a instalação de uma Comissão Especial de Inquérito (CPI) para investigar o prefeito Jonas Donizette (PSB), mas também não firmou posição se votará pela instalação de Comissão Processante (CP) para apurar omissão e negligência do prefeito na defesa dos interesses da cidade no Hospital Ouro Verde na gestão da OS Vitale Saúde. Indefinido, o grupo convocou a imprensa para dizer apenas que recebeu o relatório, e que irá ler e analisar, antes de tomar uma decisão. Para Zé Carlos não cabe mais uma CPI. “O que iríamos fazer? Investigar, fazer um relatório e enviar ao MP? Mas o MP já investigou com muito mais propriedade do que nós poderíamos. Temos que decidir se há elementos para votar uma Processante”, afirmou. A votação de instalação da CP, pedida pelo vereador Marcelo Silva (PSD), tem prioridade sobre outros projetos, e poderá ocorrer na sessão de segunda-feira. Mas ela poderá ser adiada para quarta, caso algum vereador peça a suspensão da sessão, pelo falecimento do ex-vereador Romeu Santini. É tradição da Câmara suspender sessão em situações como essa. Assinaturas No início do ano, um pedido de CPI foi apresentado pelo vereador Tenente Santini (PSD) e tem oito assinaturas. O outro é do parlamentar Pedro Tourinho, com sete assinaturas. Para instalar a investigação, são necessárias 11 assinaturas. O vereador Gilberto Vermelho (PSDB) informou que o grupo tem 10 vereadores e representa 38,4% dos 26 parlamentares da base do governo. Além de Vermelho e Zé Carlos, seria formado também por Jorge Schneider (PTB), Edison Ribeiro (PSL), Fernando Mendes (PRB), Cidão Santos (PROS), Professor Alberto (PR), Rodrigo da Farmadic (PP), Permínio Monteiro (PV) e Carlinhos Camelô (PCdoB). Monteiro informou, no entanto, que não assinou e nem assinará a carta aberta à população, e Carlinhos Camelô disse que ainda iria conversar com o partido para se posicionar. Atitude “A população espera uma atitude de nós. Estamos sendo cobrados, mas não tomaremos atitude sem embasamento em relação a tudo o que ocorreu”, afirmou Vermelho. Zé Carlos disse que a Câmara não está omissa em relação aos acontecimentos, especialmente com a prisão do secretário de Assuntos Jurídicos, Sílvio Bernardin, detido pelo Gaeco na quinta-feira. Para Jorge Schneider, a base deixou de assinar os pedidos de CPIs desde o início porque considerou que o MP tinha mais condições de fazer a investigação do que os vereadores, que não podem determinar escutas, por exemplo. Agora, segundo ele, há elementos para a Câmara decidir por uma CPI ou pela processante, baseada no relatório do MP.