O comércio varejista de Campinas e Região teve uma queda de 3,37% nas vendas em setembro sobre agosto, e de 2,35% na comparação com o ano passado
O comércio varejista de Campinas e Região teve uma queda de 3,37% nas vendas em setembro sobre agosto, e de 2,35% na comparação com setembro do ano passado. Os números foram divulgados pela Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) e indicam, segundo o economista da entidade, Laerte Martins, um reflexo do período eleitoral. “A indefinição sobre a eleição presidencial do País reduziu a confiança dos consumidores nas compras, e esse comportamento ainda deve continuar por algum temp, já que ainda há uma grande expectativa quanto ao resultado do segundo turno”, afirmou. De acordo com ele, na última disputa eleitoral para a Presidência, em 2014, o impacto no varejo foi bem menor. “Naquela ocasião, quase nem se notou variação nas vendas. Hoje, há um receio das classes A e B, que se preocupam com o impacto do resultado das urnas. Já as classes C e D, por outro lado, não se importam muito”. Mercado Segundo ele, o mercado financeiro serve de termômetro para a economia em ano eleitoral. “A alta da Bolsa e a queda do dólar são formas de medir a confiança. Mas o varejo seguirá com alguma instabilidade mesmo após o segundo turno. Acredito em uma melhora efetiva apenas no primeiro semestre do ano que vem. “Precisamos saber o que fará o novo presidente”, disse. Segundo o levantamento da Acic, o calendário de setembro apresentou menos dias úteis de vendas em função do feriado de 7 de setembro. No período, o e-commerce respondeu por 8% sobre as vendas em Campinas e 7% sobre a Região Metropolitana (RMC). Inadimplência A inadimplência na cidade teve queda de 27,51% sobre agosto, mas no acumulado do ano, cresceu 4,51%, com 204.678 carnês ou boletos vencidos e não pagos há mais de 30 dias, representando cerca de R$ 147,4 milhões. Na RMC, houve elevação de 4,51%, com 487.330 contas atrasadas, representando quase R$ 351 milhões. Para a Acic, o último trimestre do ano deve trazer alguma melhora tanto no comércio como na indústria por se tratar de um período tradicional de boas vendas.Mas, ainda em função das eleições, o impacto positivo deve ser modesto, avalia Martins.