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Comércio tem início de ano morno, aponta Acic

Apesar do faturamento do varejo ter crescido em relação ao mesmo mês do ano passado em 3,45%, atingindo R$ 1,37 bilhão, o volume acumulado de vendas em 12 meses caiu 1,99%

Cecília Polycarpo Cabalho
08/03/2013 às 08:58.
Atualizado em 26/04/2022 às 01:43

inadimplência e os preços em alta contribuíram para frear o consumona Região Metropolitanade Campinas (RMC) em fevereiro, e nem o Carnaval nem a volta às aulas foram suficientespara aqueceras compras no início do ano- situação que deve ser um retrato do que vai acontecer em 2013, pelas expectativasda Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic).

Apesar do faturamento do varejo ter crescido em relação ao mesmo mês do ano passado em 3,45%, atingindo R$ 1,37 bilhão, o volume acumulado de vendas em 12 meses caiu 1,99% na região, segundo balanço da associação. A Acic estima que o comércio cresça 5% na RMC este ano - um pouco menos que os 5,7% do ano passado.

O crescimento do lucro, que em Campinas ficou acima da média regional (o crescimento na cidade foi de 5,97%, com faturamento nominal de R$ 584,2 milhões), também foi menor que no ano passado, assim como as vendas. Em uma época de emprego pleno no município e na região, o início de ano com tantos números importantes apresentando recuo decepcionou os comerciantes.

“Analisados em conjunto, os números representam a cautela do consumidor por causa do seu alto endividamento. Podemos notar que existe um esforço da população para quitar as dívidas, e isso significa fazer novos gastos”, explicou o economista da Acic, Laerte Martins.

Inadimplência

Uma prova de que o devedor tem se preocupado em quitar suas dívidas é a queda de 27,76% da inadimplência em Campinas em fevereiro em relação a janeiro (embora em relação ao mesmo período de 2012 o número de carnês não pagos tenha crescido 10%). No acumulado do ano, o cenário é ainda mais preocupante: a inadimplência cresceu 73,26% na cidade, com 35.735 carnês que não foram pagos nesse bimestre, contra 14.853 do mesmo bimestre de 2012.

“Acreditamos que essas dívidas só deverão cair significativamente a partir do segundo semestre, quando a população começa a considerar as compras de Natal”, afirmou Martins.

O índice de inadimplência, medido em carnês em atraso sobre as vendas a prazo em Campinas, ficou em 8,3% no mês passado. Na região, o índice foi praticamente o mesmo: 8,2%. Houve ainda uma redução nominal de 6,74% de cheques sem fundos na RMC em relação a janeiro de 2012, com 31,8 mil documentos devolvidos.

Com relação ao mercado de trabalho, Campinas continua muito próxima da situação de pleno emprego, com taxa de desemprego de apenas 3,49% - o que significa 20.903 desempregados no município, 8,3% menos que em janeiro do ano passado. Na RMC, porém, o desemprego aumentou: são 72.039 pessoas trabalho, 5,25% mais em janeiro de 2012.

Quanto à massa salarial, o valor passou deR$ 1,17 bilhão de janeiro do ano passadopara R$ 1,31 bilhão no início deste ano na região - um crescimento de6,11%.

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