CLASSE C

Comércio se fortalece e gera mais lucro na periferia

O incremento das vendas também atrai bancos, lotéricas e outros prestadores de serviços

Adriana Leite
03/03/2013 às 07:30.
Atualizado em 26/04/2022 às 02:25
Comércio na região do Campo Grande (Élcio Alves/AAN)

Comércio na região do Campo Grande (Élcio Alves/AAN)

O crescimento populacional e a elevação da renda dos trabalhadores estão fomentando a criação de novos negócios em bairros distantes da região central de Campinas. A maioria é de pequenos empreendedores, cujas próprias famílias são responsáveis por administrar o negócio. Mas o potencial dessas áreas - e de seus consumidores - é tão significativa que os grandes nomes do mercado já começaram a olhar com mais atenção para endereços em regiões como o Campo Grande e Ouro Verde.

Os empresários querem conquistar a chamada nova classe média, que passou a ganhar mais e a ter acesso a um nível de consumo inédito para ela. E é uma fatia bastante considerável: mais de 300 mil pessoas que vivem em Campinas saíram das camadas D e E e agora reforçam o contingente da classe C.

O aumento da renda, que é medida pelo salário médio, é um dos indicadores que revelam o crescimento do poder de compra dos campineiros.

No ano passado, o valor desse salário médio atingiu R$ 1.344,59. Em 2007, era de R$ 910,00, segundo dados da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) - um avanço de quase 50% em 5 anos.

De maneira mais global, em dezembro de 2012 a massa salarial no município fechou em R$ 513,2 milhões, o que, conforme os dados da Acic, representou uma alta de 13,29% em relação ao final de 2011, quando o valor havia sido de R$ 453 milhões.

Os efeitos positivos dos números são sentidos nos negócios instalados nos bairros. Além de aumentar o faturamento, as empresas passaram a empregar mais pessoas que residem por perto, gerando um círculo virtuoso no qual mais gente ganha mais salário e pode gastar mais no comércio e nos serviços, o que por sua vez estimula a criação de mais negócios, que contratam mais gente, e assim por diante.

O incremento das vendas também atrai bancos, lotéricas e outros prestadores de serviços, que reforçam ainda mais a economia em regiões fora do Centro.

Os investidores desses negócios garantem que vale muito a pena apostar nas áreas periféricas. Uma das vantagens é a proximidade com a clientela e a fidelização dos fregueses.

LEIA MAIS NAS EDIÇÕES DE DOMINGO (3) DOS JORNAIS DO GRUPO RAC 

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