As pequenas e médias empresas da Região Metropolitana de Campinas (RMC) investiram R$ 44,5 milhões em 2018, um crescimento de 292%
As pequenas e médias empresas da Região Metropolitana de Campinas (RMC) investiram R$ 44,5 milhões em 2018, um crescimento de 292% na comparação com 2017, segundo o balanço anual da Desenvolve São Paulo, agência de fomento do governo paulista. A maior parte dos recursos foi destinada a investimentos de longo prazo, como ampliação, modernização, inovação ou compra de máquinas e equipamentos. Os investimentos, segundo a agência, se concentraram em Americana, Campinas, Cosmópolis, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d'Oeste, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. “Entre os setores produtivos, investimento de longo prazo significa maior confiança na economia por parte do empresariado e contribui diretamente para uma maior geração de empregos e renda”, diz Nathália Lemos, consultora de Negócios da Desenvolve SP. O balanço aponta que o comércio da RMC foi o setor que mais investiu, totalizando R$ 29,3 milhões financiados em 2018 ante R$ 3,7 milhões em 2017 (alta de 714%). Os setores da indústria e de serviços também registram alta. Juntos responderam por R$ 14,5 milhões dos empréstimos tomados em 2018 ante os R$ 7,7 milhões registrados do ano anterior (alta de 89%). “O aumento na atividade comercial é um indicador muito importante na economia, pois com a demanda aquecida há o crescimento natural na produção industrial e também na prestação de serviços”, diz Nathália. Sustentabilidade Os investimentos verdes voltaram à pauta dos empresários da RMC. Em 2018, a Desenvolve SP financiou R$ 1,5 milhão para projetos de sustentabilidade ambiental e eficiência energética, como a instalação de placas solares fotovoltaicas ou a substituição de combustíveis fósseis por renováveis em frotas ou maquinários. “Em 2017 não houve demanda pelo chamado crédito verde. Com a melhora dos indicadores econômicos, ainda que de forma pontual, esperamos que os empreendedores da região voltem a investir em projetos que visam minimizar impactos ambientais e uma produção mais limpa e eficiente”, diz Nathália.