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Comércio dá primeiros sinais de recuperação

Associação Comercial e Industrial de Campinas informa que o faturamento de outubro registra aumento de 10,3% em relação a setembro

Henrique Hein
14/11/2020 às 08:47.
Atualizado em 27/03/2022 às 16:16
Consumidores caminham pela Rua 13 de Maio, no Centro de Campinas: expectativa dos comerciantes é alta para as vendas da Black Friday (Matheus Pereira/AAN)

Consumidores caminham pela Rua 13 de Maio, no Centro de Campinas: expectativa dos comerciantes é alta para as vendas da Black Friday (Matheus Pereira/AAN)

O movimento no comércio da Região Metropolitana de Campinas (RMC) começou a dar os primeiros sinais de recuperação em meio a pandemia do novo coronavírus. Segundo levantamento divulgado ontem pela Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), o faturamento no mês de outubro registrou aumento de 10,3% em relação a setembro. Além disso, houve uma queda considerável de 63% no nível de inadimplência no período. Apesar disso, mesmo com a boa notícia, a perda na comparação com o ano passado ainda é grande. Segundo o estudo, o faturamento acumulado entre os meses de janeiro e outubro de 2020 registrou queda de 16,54% em relação ao mesmo período de 2019, o que representa uma perda de R$ 4,5 bilhões para o setor. Somente em Campinas, o acumulado aponta para uma redução de 16,5% e uma perda de R$ 1,8 bilhão. Ao todo, a arrecadação com as vendas em outubro terminou 5,3% abaixo do que foi registrado no mesmo mês do ano anterior. O economista e diretor da Acic, Laerte Martins, explica que as vendas realizadas no “Dia das Crianças” ajudaram a alavancar o faturamento dos comerciantes, que juntos superaram as expectativas iniciais e arrecadaram R$ 416 milhões. O volume nesta data ficou bem próximo do que foi em 2019 (R$ 428 milhões), mesmo com a pandemia. Já com relação à queda da inadimplência, o especialista disse que a redução é explicada pela baixa no consumo e pela melhora do índice de pagamentos de contas atrasadas. As vendas da Black Friday, que acontecem na última semana de novembro, são a grande aposta do comércio, na avaliação da Acic. Somente em Campinas, são esperados R$ 292,5 milhões de faturamento na data de descontos. Por causa da pandemia, a tendência é de que vendas pela Internet sejam maiores do que em anos anteriores. A expectativa é de que dois terços das vendas sejam concretizadas de forma virtual. Campinas Em outubro, as vendas físicas em Campinas geraram um faturamento de R$ 1,229 milhão para o setor, o que correspondeu a 94,7% do faturamento registrado em outubro de 2019. Na RMC, o acumulado foi de R$ 2,93 milhões, cerca de 94,68% da movimentação contabilizada em outubro do ano anterior. Na categoria de bens não duráveis, as vendas em supermercados e hipermercados evoluíram 14,64% e 3,2% em drogarias e farmácias, respectivamente, mas caíram 13,87% nos postos de gasolina. Já nas vendas de bens duráveis, os setores de material de construção e de lojas de departamentos seguiram em alta em outubro, registrando, respectivamente, aumentos de 33,4% e de 6,76%. O setor de vestuário, no entanto, sofreu uma nova redução, desta vez, da ordem de 6,36%. Quem também segue afetado pela pandemia é a categoria de vendas de serviços: em turismo, houve redução de 52,1% e nos bares e restaurantes a queda foi de 28,5%. Apenas o setor automotivo conseguiu uma expansão de 6,1% em outubro. Já o e-commerce cresceu 35,5%, passando de R$ 165 milhões em outubro de 2019 para R$ 223,5 milhões, em 2020.

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