pandemia

Comércio age para evitar retrocesso

Medidas de proteção à disseminação da doença são reforçadas para continuidade da fase verde

Gilson Rei
20/10/2020 às 07:42.
Atualizado em 27/03/2022 às 20:01
A Prefeitura realiza fiscalizações regulares para garantir o emprego das regras de proteção ao contágio (Wagner Souza/AAN)

A Prefeitura realiza fiscalizações regulares para garantir o emprego das regras de proteção ao contágio (Wagner Souza/AAN)

Depois da autuação de 11 estabelecimentos comerciais na semana passada no Centro de Campinas, por descumprimento às regras para evitar o contágio pelo coronavírus, a Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) decidiu reforçar os cuidados no comércio com lançamento de uma campanha de conscientização, que pretende atingir tanto o comerciante quanto o cliente. O objetivo é evitar retrocesso na atual fase Verde do Plano SP, em função do aumento nas estatísticas de contágio da doença; de mortes; e de ocupação de leitos pelo descuido das pessoas e do comércio. Os cuidados não estão limitados à disponibilização de álcool em gel e à sinalização de distanciamento e controle de clientes. A Acic destacou a necessidade de utilização do protocolo, que prevê 33 orientações que vão desde a disponibilização de álcool em gel e filas com distanciamento; até a relação com fornecedores, terceirizados e entregadores. A Acic lembrou da importância de manter os cuidados sanitários no comércio, mesmo na Fase Verde. Adriana Flosi, presidente da Acic, disse que a redução das restrições não diminui a responsabilidade de empresários e clientes. "Neste momento os cuidados devem ser redobrados para que não ocorra uma regressão, de acordo com as fases do Plano SP. Os protocolos de higiene devem ser mantidos para que não haja aumento dos casos da Covid-19 em Campinas", revelou. A Acic tem reiterado a sua posição de apoio ao comércio seguro, que cumpre as regras e cuida para que seus clientes e funcionários tenham acesso a um ambiente saudável. "Embora na Fase Verde do Plano SP, para que o comércio de Campinas possa atuar com maior liberdade, é importante manter rigorosamente os protocolos de segurança para que não haja retrocesso nessa retomada", comentou. A prefeitura de Campinas vem realizando fiscalizações nos estabelecimentos comerciais, inclusive do centro da cidade, multando aqueles que deixaram de cumprir as normas. Para reduzir o risco de contágio da Covid-19, tanto para os lojistas quanto para os clientes, a Acic decidiu intensificar a comunicação com os associados. Adriana reforçou: "Com o relaxamento das obrigações para o comércio, muitos acabam pensando que está tudo liberado, mas a pandemia continua e não podemos nos descuidar. A responsabilidade de todos, neste momento, é ainda maior", disse. Recomendações Na Fase Verde, o comércio de rua pode funcionar em horário normal, por até 12 horas diárias. Os estabelecimentos devem seguir todas as medidas sanitárias com controle limitado a 60% da capacidade de clientes nos estabelecimentos, além de garantir o distanciamento nas filas com a demarcação no solo de 1,5m entre eles. O uso de máscara continua obrigatório, inclusive para os funcionários. Todas as lojas devem emitir e afixar no interior do estabelecimento, em local visível, o Certificado de Declaração de Estabelecimento Responsável, obtido no site da Prefeitura, no link https://ead-covid19.campinas.sp.gov.br. Desde o início da pandemia, a Acic apoia o projeto Loja + Segura, uma iniciativa da Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo (Abiesv) que, de forma clara, aborda as medidas que devem ser tomadas em relação aos gestores, funcionários, clientes e ao ambiente. Além de preservar o direito de todos ao trabalho, o projeto permite que o cliente perceba claramente este cuidado e sinta-se seguro em frequentar o estabelecimento. A cartilha pode ser baixada pelo site: https://www.acicampinas.com.br/blogs:cartilha-do-projeto-loja-segura. Campinas supera as 36 mil notificações de Covid-19 Com 337 novos casos confirmados ontem, Campinas superou a marca de 36 mil notificações de Covid-19. De acordo com dados divulgados pela secretaria de Saúde, a cidade conta agora com 36.140 pessoas que foram contaminadas pelo vírus, desde o registro do primeiro caso, em março. Há, ainda, outros 559 casos em investigação. A cidade registrou também mais duas mortes e o número de óbitos subiu para 1.287. Outras 10 mortes suspeitas ainda estão sendo investigadas. De acordo com o boletim da secretaria, Campinas conta hoje com 266 pessoas internadas em hospitais por conta da Covid e outras 59 estão em isolamento domiciliar. Esse, no entanto, é um dos números mais baixos de toda a série. Representa 149 a menos na comparação com o boletim anterior, divulgado na última sexta-feira. No auge da pandemia, entre junho e julho, por exemplo, esse número chegou a superar a casa de mil pessoas. A secretaria também contabilizava ontem 34.525 pessoas que haviam se recuperado da doença. Uma das mortes foi de um homem de 56 anos, que tinha comorbidades — ou seja, tinha doenças pré-existentes. Ele morreu no dia 23 de setembro em um hospital público. A outra vítima era uma mulher de 91 anos, que não tinha nenhuma outra doença associada. Ela morreu na última sexta-feira num hospital privado. O exame para a detecção do vírus também foi feito num laboratório privado. Ainda segundo a secretaria de Saúde, Campinas contava ontem com 189 leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19 nas redes pública e particular. Deste total, 110 estavam ocupados, o que corresponde a 58,20%. Havia 79 leitos livres somando as redes pública e particular. (AAN)

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por