Com festa econômica, Paulínia reúne 5 mil em praça

O único dia do Carnaval de rua de Paulínia reuniu aproximadamente 5 mil foliões na tarde de ontem, na Praça da Igreja São Bento, para ver a passagem de cinco blocos. A Prefeitura este ano não investiu no desfile de escolas de samba, que teve apresentação suspensa. A proposta foi fazer uma festa econômica, que resgatasse as origens do Carnaval de marchinhas da cidade: fato que dividiu opinião entre os moradores. “Nosso Carnaval sempre foi na rua, com a família reunida, marchinhas e sambas enredo. Nos últimos anos a essência da festa se perdeu. Fico feliz que a tradição tenha voltado em 2013”, disse a pedagoga Marilda Ferramelo, de 60 anos. Ela e mais duas amigas desfilaram no Bloco do Dinossauro, criado este ano, que entrou às 17h30. “Colocamos o nome do bloco de Dinossauro, porque ele é antigo. E nós aqui somos todos da velha guarda do Carnaval de Paulínia”, explicou a dona de casa Elizabete Secomandi, de 53 anos.

A festa, no entanto, não foi aprovada pela dona de casa Adriana Tenório, de 40 anos. “Paulínia tem um sambódromo para que? Não entendi porque a Prefeitura transferiu o Carnaval para a rua. Antes nós tínhamos uma festa de verdade, com escolas de samba e trio elétrico. A festa de hoje (ontem) está fraca”, disse Adriana.

Protesto

O bloco Sorria Paulínia, que desfilou por volta das 19h, pediu a volta do prefeito eleito de Paulínia Edson Moura Júnior (PMDB). Com máscaras do peemedebista, cerca de 100 foliões entoaram samba enredo que exigia a posse do político. Moura Júnior teve a candidatura barrada pela Justiça Eleitoral a pedido do Ministério Público Estadual. De acordo com a promotoria o eleitorado da cidade “foi enganado” por conta da substituição de Edson Moura por Edson Moura Júnior, seu filho, oficializada na véspera do pleito.

“Todo mundo que votou no Júnior sabia em quem estava votando. Queremos o nosso prefeito no comando. Paulínia tem o direito de ser governada pelo candidato do povo”, disse o aposentado Sérgio Accioli, de 53 anos.