Iniciativa inovadora discutiu este ano o controle das redes sociais pelos pais
Estudantes do segundo ano do Ensino Médio e professores participam de um debate sobre o tema referente ao controle dos pais sobre o uso das redes sociais por crianças e adolescentes (Kamá Ribeiro)
A Universidade Presbiteriana Mackenzie foi o cenário, quarta-feira (4) à noite, para mais uma edição de debates entre alunos do segundo ano do Ensino Médio, inseridos no projeto RPG - Jogo de Interpretação de Papéis. Desta vez, o tema em discussão foi a questão: "Devese estabelecer um controle dos pais/familiares sobre o uso de redes sociais por crianças e adolescentes?". Nesse jogo, os alunos assumem papéis nos quais colocam em prática habilidades específicas, respaldados por fundamentos teóricos e orientados pelos professores.
A escolha dos temas é baseada em uma sondagem dos assuntos mais prementes e debatidos nos últimos tempos, promovendo um debate significativo. O tema deste ano foi escolhido em função do aumento do uso das redes sociais por crianças e adolescentes, especialmente após a pandemia, quando ficaram reclusos por longos períodos e viram as ferramentas tecnológicas como uma forma de passatempo.
Manuela Peres Camargo, debatedora do grupo SIM, destaca a importância desses jogos no aspecto pedagógico, estimulando os alunos em diversas áreas, como planejamento, publicidade, captação de recursos e desenvolvimento da persuasão, entre outros. Para os debatedores, há a necessidade de desenvolver a oratória e a retórica, elementos cruciais para a comunicação, além do planejamento de pesquisas e argumentos que conduzem à persuasão dos jurados e do público. O aspecto mais interessante, conforme Manuela destaca, é que os jogos oferecem diversos nichos nos quais os alunos podem se aprofundar, permitindo que todos trabalhem em algo de seu interesse e domínio.
OUTRAS EDIÇÕES
Em edições anteriores, como no ano passado durante as eleições, o tema do debate final foi "Deve haver limites para a liberdade de expressão no Brasil?". O debate atraiu a comunidade escolar, pais e convidados. Dois grupos, sorteados previamente, apresentaram propostas a favor e contra os limites para a liberdade de expressão. Ao final, por uma margem estreita de votos, o grupo "a favor" foi declarado vencedor, proporcionando um debate envolvente e participativo.
SOBRE O RPG
Dentro do universo do RPG, encontramos dois elementos principais. Em primeiro lugar, temos o jogador, que se destaca ao interpretar um personagem dotado de "poderes", características distintas, maneirismos e uma personalidade única. Essa personalidade pode ser semelhante ou totalmente diferente daquela do jogador, que guia e sugere as ações que seu personagem tomaria. Em essência, o jogador se torna o arquiteto das escolhas e caminhos do personagem.
O segundo componente vital no mundo do RPG é o narrador. O termo "narrador", embora suscetível à substituição por outros de igual importância, detém o poder representativo de alguém que não apenas conta uma história, como sugere o próprio título. No entanto, sua função vai além disso. Através de uma miríade de personagens antagonistas, o narrador não apenas interage com os jogadores, mas também assume todos os outros papéis dentro do jogo. Por meio de um sistema de regras, o narrador, em colaboração com os jogadores, determina o sucesso ou a falha das ações propostas pelos personagens. Essas ações podem ser influenciadas por desafios intrínsecos à trama ou podem surgir de conflitos entre personagens.
Siga o perfil do Correio Popular no Instagram.