EM CAMPINAS

CNPEM dá início à 32ª edição do Programa Bolsas de Verão

Dos 988 inscritos, incluindo 185 estrangeiros, 38 foram selecionados; participação é gratuita e instituição financia despesas de estadia e alimentação

Da Redação
09/01/2025 às 12:54.
Atualizado em 09/01/2025 às 14:48
Atividades começaram ontem no campus do CNPEM, em Campinas, com estudantes de países como Portugal, Colômbia, Angola e EUA (Divulgação)

Atividades começaram ontem no campus do CNPEM, em Campinas, com estudantes de países como Portugal, Colômbia, Angola e EUA (Divulgação)

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais deu inicio ontem, 8 de janeiro, à 32ª edição do Programa Bolsas de Verão (PVB). Criado em 1992, o programa do CNPEM, que acontece no campus de Campinas, tem como missão aproximar jovens talentos da ciência, incentivando estudantes de graduação a trilharem carreiras científicas e tecnológicas em áreas estratégicas. Foram selecionadas 38 pessoas neste ano, número recorde. A participação dos selecionados é totalmente gratuita e a instituição financia todas as despesas de estadia e alimentação dos participantes.

Com um número expressivo de 988 inscrições de estudantes de 17 países, além do Brasil, o PBV deste ano reforça sua relevância internacional. Do total de inscritos, 185 são estudantes estrangeiros, oriundos de países como Costa Rica, Equador, Colômbia, Argentina, Estados Unidos, Portugal e Angola, além de representantes de toda a América Latina e do Caribe. Em relação aos brasileiros inscritos, foram 803 de todos os estados e do Distrito Federal. Os alunos disputavam a chance de experimentar um período de desenvolvimento de projeto de pesquisa nos laboratórios do CNPEM — organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e um dos centros de pesquisa mais prestigiados do país. A seleção considerou a qualidade acadêmica, mas também a diversidade cultural e a representação regional do país.

Após um rigoroso processo seletivo, 38 estudantes foram aprovados (o maior número entre todas as edições) e começaram ontem as atividades no campus do CNPEM. Os selecionados visitaram as instalações do centro de pesquisa, que abriga laboratórios de ponta, e a Ilum Escola de Ciência, e em seguida foram recepcionados pelos cientistas que irão orientá-los no desenvolvimento de projetos avançados até o dia 26 de fevereiro. 

Os participantes terão a oportunidade de explorar temas que abordam alguns dos desafios globais desta década: saúde, agricultura, meio ambiente, energias renováveis e tecnologias quânticas. Entre os destaques, estão áreas de fronteira como ciência com luz síncrotron, bioimagem, engenharia científica, caracterização em nanoescala e ciência de dados.

No campus, cada estudante será apresentado ao projeto que desenvolverá, aos orientadores e à unidade do CNPEM onde atuará. Essa dinâmica permite aos participantes imersão nos trabalhos do centro tecnológico, que oferece a cada estudante a chance de vivenciar a rotina de um dos ambientes científicos mais avançados do Brasil.

O CNPEM compõe um ambiente científico de fronteira, multiusuário e multidisciplinar, com ações em diferentes frentes do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Organização social supervisionada pelo MCTI, o CNPEM é impulsionado por pesquisas que impactam as áreas de saúde, energia, materiais renováveis e sustentabilidade. Responsável pelo Sirius, maior equipamento científico já construído no Brasil, o CNPEM desenvolve o Projeto Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos.

O CNPEM integra os Laboratórios Nacionais de Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio), Nanotecnologia (LNNano) e Biorrenováveis (LNBR), além da Ilum Escola de Ciência, um curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia, com apoio do Ministério da Educação (MEC).

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