SOCIEDADE

Clube Hípica comemora 70 anos

Encontro de oito velhos amigos na Cantina Sorrento, no Centro, marcou a fundação da agremiação

Rogério Verzignasse
26/10/2018 às 21:38.
Atualizado em 06/04/2022 às 01:29

No dia 27 de outubro de 1948 — há exatos 70 anos — o grupo de oito amigos se reuniu na Cantina Sorrento, ali pela esquina das ruas Thomaz Alves e Dr. Quirino. Naquele encontro foram acertados os últimos detalhes da fundação da Hípica, que se tornou um dos clubes associativos mais tradicionais da cidade. No começo, as baias foram instaladas na Fazenda Remonta, perto do atual limite com Valinhos. Cinco anos mais tarde, a sociedade adquiriu a nova e definitiva sede: onze alqueires de mata preservada, que faziam parte da antiga Fazenda Lapa. A capela e senzala foram mantidas. E, ao longo das décadas, foi construída uma estrutura impecável para a prática esportiva. Ainda hoje, naturalmente, ainda se pratica o hipismo. Mas hoje o clube forma atletas e disputa torneios federados em diversas modalidades: tênis, basquete, vôlei, badminton, hóquei, natação e ginástica… Além disso, os frequentadores da Sociedade Hípica de Campinas participam de coral, balé, aulas de idiomas. E, claro, das escolinhas esportivas. Existe até uma boutique lá dentro, que vende material esportivo. A pista de hipismo e o complexo de tênis foram remodelados. E sobram projetos para a diversificação dos serviços. Até em salão de cabeleireiro já se falou. O fato é que a Hípica se transformou, com o tempo, em um grupo de famílias amigas, muito próximas. Há um vínculo enorme entre elas. E os novos sócios só são admitidos depois da indicação dos atuais. Mas não há segregação social. A diretoria quer garantir que o clube não perca sua essência: a confiança absoluta entre os associados. Solidez A estratégia da direção dá certo. Em tempos de crise, quando a maior parte dos clubes associativos perdem sócios e receitas, a Hípica tem 6 mil associados titulares - que pagam a mensalidade. Somando-se os dependentes, o clube recebe 17 mil campineiros. E o mais importante: tem R$ 11 milhões em caixa. A presidente Stella Rogê Ferreira - no terceiro e último ano do atual mandato - afirma que as contas da Hípica são tratadas com muita responsabilidade. “O clube nunca gasta mais do que arrecada”, explica. E a arrecadação é respeitável: R$ 4 milhões mensais. Dinheiro que não chega só das mensalidades. Cobra-se caro, por exemplo, pela transferência em um título (algo em torno de R$ 50 mil). Além disso, a participação nas escolinhas esportivas, nos cursos e eventos é cobrada a parte de cada interessado. Se mantém a sustentabilidade econômica da sociedade. Mas Stella não inventou a roda. Ela é filha de José Luiz Fernando Rogê Ferreira - ex-secretário municipal de Cultura e Esportes nos governos de Chico Amaral e Magalhães Teixeira. Ele presidiu o clube por três mandatos. E também se manteve fiel às normas administrativas ditadas pelos presidentes que o precederam. A festa Além dos shows e do jantar especial desta noite, os associados da Hípica vão se emocionar com a homenagem prestada aos pioneiros fundadores. Todos os oito amigos que participaram da reunião na cantina já se foram deste mundo. Mas seus filhos e netos receberão as condecorações. Homenagem aos precursores de uma história bonita, que ainda vai durar por muitas décadas.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por