Nesta sexta-feira, dois médicos da empresa prestaram depoimentos
Fachada do Hospital Vera Cruz, em Campinas (Cedoc/RAC)
A Ressonância Magnética de Campinas, empresa responsável pelo serviço de ressonância magnética no Hospital Vera Cruz, em Campinas, recebeu um auto de infração nesta sexta-feira (8) por causa da falta de informações nos prontuários dos três pacientes mortos após exames. A empresa terá de apresentar explicações à Vigilância em Saúde (Devisa) sobre o caso.
De acordo com a diretora do Devisa, Brigina Kemp, as fichas estavam com preenchimento incompleto, o que acabou dificultando as investigações. "A empresa é obrigada a registrar quais foram os procedimentos feitos, quem participou e quais os lotes dos medicamentos usados", explicou Brigina.
As vítimas são dois homens e uma mulher, que receberam contraste - substância que ajuda na visualização dos órgãos - para serem submetidos ao procedimento médico. As mortes ocorreram em 28 de janeiro e o setor de radiologia do hospital vai continuar fechado até o fim das investigações.
A diretora da Vigilância explicou que o órgão possui autonomia para decidir se aceita ou não as justificativas da empresa RMC no prazo informado.
"Se ela não recorrer ou os argumentos não forem suficientes, então será aplicada uma multa com valor a ser definido", explicou Brigina.
Ela não soube informar se os outros prontuários daquele dia estavam devidamente preenchidos. Ela alegou que caberá à Polícia Civil investigar se a falta de dados foi ou não intencional.
A assessoria da Ressonância Magnética Campinas confirmou o recebimento da notificação e informou que o departamento jurídico responderá à Vigilância em Saúde na segunda-feira (11).
Segundo a empresa, os pedidos são simples e tudo será resolvido o mais breve possível para que as investigações prossigam normalmente. Nesta sexta-feira, dois médicos da empresa prestaram depoimentos. (Colaborou Fabiana Marchezi/Especial para AAN)