PARALISAÇÃO

Clima tenso marca segundo dia de greve

Líder da categoria denuncia pressão de chefes de setores sobre subordinados

Daniel de Camargo
daniel.camargo@rac.com.br
31/07/2018 às 21:55.
Atualizado em 23/04/2022 às 07:10

De acordo com sindicato, 80 % da Saúde e 70% da Educação pararam (Thomaz Marostegan/Especial para AAN)

Ameaças e denúncias marcaram terça-feira o segundo dia da greve dos servidores públicos de Hortolândia. Segundo Milton Vianna Pinto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público do Município de Hortolândia (STSPMH), muitos servidores foram ameaçados por seus supervisores imediatos na tentativa de impedir o crescimento da adesão. O que caracteriza assédio. O líder sindical informou ainda que 80% dos postos de saúde e 70% das escolas da rede municipal foram afetados pela paralisação. Apesar da chuva e da baixa temperatura, uma grande quantidade de trabalhadores marcou presença na passeata realizada pela região central, tanto quanto nas deliberações do dia em frente ao Paço Municipal, localizado na Avenida Olívio Franceschini, no Remanso Campineiro. Pinto disse ainda que a entidade está aguardando um contato do Executivo para inicias as negociações. A Prefeitura, por sua vez, informou em nota que “não vai se manifestar sobre o movimento.” “Sabemos que a Prefeitura não é como uma empresa privada. No caso, essa quantidade de funcionários parados gera lucro para eles. O município não gasta com insumos. Se uma escola não funciona, por exemplo, eles economizam os alimentos da merenda. Em contrapartida, o imposto é cobrado do mesmo jeito. Essa é a nossa maior dificuldade”, avaliou o sindicalista, completando que a intransigência por parte da Administração, considerando a proporção da mobilização, “só mostra a falta de respeito aos servidores, mas principalmente com a população.” Pinto explicou também que desde anteontem, existe a orientação para que os trabalhadores não assinem a folha de frequência como falta injustificada. Ele diz que a sinalização deve ser efetuada como greve. “Procuramos esclarecer os mecanismos legais para que todos estejam resguardados e não sofram descontos injustos, que podem refletir nos benefícios que temos direito, como a licença-prêmio.” O cronograma prevê nesta quarta-feira a concentração em frente à Prefeitura. Pinto enfatiza que a greve é justa, segue forte e continuará pelo tempo que for necessário. A categoria pede reajuste de 7% (IPCA mais 5% de aumento real) contra uma correção de 1,56% aplicada no último mês, além de benefícios como plano odontológico a custo zero. A adesão ontem, se manteve em torno de 70% dos associados, ou seja, cerca de 910 dos 1.300 trabalhadores. 

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