Cinturão de fibra ótica interligará Saúde e Educação

Campinas vai investir R$ 29 milhões para a implantar, até o fim de 2014, um cinturão de 350 quilômetros de fibras óticas para ligar as unidades de saúde e de educação. Como a fibra permite o tráfego de informações com mais velocidade, a tecnologia vai abrir possibilidades para algumas inovações, como não apenas o ensino a distância, mas também o atendimento médico. A licitação para a primeira fase, que irá interligar os 120 quilômetros de rede já instalados, sairá nos próximos dias, informou o presidente da Informática dos Municípios Associados (IMA), Fábio Pagani.Na primeira fase serão investidos R$ 9,8 milhões para conectar a rede implantada e mais R$ 4,5 milhões na central de operação de rede (Noc, na sigla em inglês) — local que gerencia e monitora a rede onde os operadores podem saber, em tempo real, a situação de cada ativo dentro da rede (ativos são computadores, roteadores, gateways, etc).Na Saúde, informou o secretário Carmino de Souza, a infraestrutura de informação está sendo implantada — dos 1,2 mil computadores necessários, 600 foram adquiridos para as unidades de saúde. Investir tantos recursos na informação enquanto a rede de saúde tem problemas estruturais, como a falta de médicos é, segundo o secretário, uma medida necessária. “Parte importante dos nossos problemas está justamente na falta de sistemas eficientes de comunicação”, disse.Embora a informatização melhore sensivelmente as condições de trabalho dos profissionais da Saúde, os maiores beneficiados pela tecnologia serão os próprios usuários das unidades. Com o cartão SUS em mãos, ao chegar à recepção, a identificação dos pacientes será automática, diminuindo o tempo de espera e eventuais filas. Antes era necessário localizar o prontuário entre milhares de pastas para encaminhamento ao médico.Agora, as informações sobre o paciente são acessadas no computador, com todas as informações referentes à sua saúde. Além disso, os registros dos procedimentos realizados pelo médico são feitos eletronicamente, agilizando o atendimento e acabando com o trâmite em papel. Isso traz mais comodidade e segurança para o paciente. Se ele for atendido em outra unidade, seu prontuário está on-line para o médico acessar.Na educação, a rede de dados por fibra vai interligar todas as escolas e incluirá as unidades no contexto da cidade digital, melhorando o trabalho administrativo e pedagógico das 200 unidades onde estão 60 mil alunos. Com a rede, o acesso à internet ficará mais rápido, seguro e com maior disponibilidade.O aprimoramento da rede de dados por fibras óticas interligando todas as escolas incluirá as unidades no contexto da cidade digital e melhorará o trabalho administrativo e pedagógico das 200 unidades, beneficiando 60 mil alunos. Com ela, o acesso à Internet ficará mais rápido, seguro e com maior disponibilidade. Entre os benefícios que a nova rede trará estão a otimização do uso dos laboratórios de informática existentes nas 40 Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs), a possibilidade de disponibilizar on line dados da vida acadêmica dos alunos, como a frequência e o boletim, aos pais, além de aprimorar e ampliar o ensino à distância e a formação continuada dos profissionais da Educação. “Os pais poderão, a qualquer momento, saber se o filho está na sala de aula”, disse Pagani.Atualmente, as escolas municipais possuem conexão de 1 Mbps (megabit por segundo) para navegação na internet e, com a fibra ótica, essa capacidade saltará para 4 Mbps full (reais). Isso equivale a dizer que a conexão vai ficar quatro vezes mais rápida, ou seja, haverá grande diminuição no tempo para receber ou enviar informações, ampliando as possibilidades de uso da internet para fins pedagógicos.A transmissão de dados da saúde e da educação atualmente são feitos em parte por link de radio, outra por fibra e ainda por sistema 3G. A fibra ótica, segundo Pagani, é a melhor solução técnica, tem o melhor custo benefício, além de permitir o tráfego da informação com maior velocidade. Para a implantação do cinturão, a Prefeitura está em busca de financiamento, que poderá ser, inclusive, por meio de swap — contrato de compartilhamento da infraestrutura com empresas. “Podemos compartilhar nossa rede instalada com uma empresa e, dependendo da negociação, a implantação do cinturão, segundo Pagani, poderá ter custo zero.