Cidades da região planejam Circuito das Flores

Depois do Circuito das Águas e Circuito das Frutas, a união das cidades de Holambra, Jaguariúna e Santo Antonio de Posse pode se transformar em um novo polo turístico do Estado, o Circuito das Flores. Os prefeitos dessas cidades se reuniram esta semana pela primeira vez para iniciar a discussão de um projeto que deve ser apresentado ao governador Geraldo Alckmin até agosto.

A proposta é agregar o potencial mundialmente conhecido de Holambra na produção e exportação de flores aos municípios vizinhos, que também têm participação direta na atividade.

Para o prefeito de Jaguariúna, Tarcisio Chiavegato (PTB), um dos mentores do projeto, os três municípios têm boas perspectivas de crescimento no setor e já existem diversos projetos em desenvolvimento.

Um deles é a Central de Negócios do Produtor (CNP), que já opera parcialmente em Jaguariúna. O projeto logístico da cidade possibilita aos produtores regionais de flores, plantas ornamentais e paisagismo a utilização de um espaço centralizado para a distribuição e comercialização direta entre compradores, vendedores e produtores. O CNP está localizado na SP-107, às margens da Rodovia SP-340.

Uma Central de Abastecimento de Flores (Ceflor) com 700 boxes também deve ser inaugurada ainda este ano. “Além do mercado de flores, também temos produtores. Essa região tem um valor muito agregado. Nós vamos pedir ao governador a criação de mais esse circuito porque os três municípios têm características de flores. Vamos unir os esforços e pedir apoio aos deputados estaduais”, antecipou Chiavegato. Para que o circuito seja criado, será preciso aprovação de um projeto de lei na Assembleia Legislativa.

O prefeito de Holambra, Fernando Fiori de Godoy (PTB), afirmou que a criação do Circuito das Flores irá possibilitar um salto de desenvolvimento. “O nosso desejo é que, através do Circuito, consigamos trazer recursos a mais para essas cidades, criando um polo turístico. Holambra já se consolidou na produção de flores e queremos transformá-la em um polo tecnológico de produção de sementes”, disse, sobre a assinatura de um termo de cooperação técnica ocorrida no mês passado com a Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM) para a implantação do Polo Tecnológico focado em sementes.

A parceria vai garantir a troca de conhecimento, cooperação técnica, científica e educacional para a formulação de tecnologias que permitam avançar no estudo do cultivo das hortaliças, frutas e flores. Atualmente, Holambra é responsável por 40% da produção de flores no Brasil e é a maior exportadora da América Latina.

Para o chefe do Executivo de Holambra, a presença de Jaguariúna e Santo Antonio de Posse é imprescindível para o sucesso do negócio. “Jaguariúna está dentro de Holambra. Precisamos trabalhar regionalmente. E essa é a nossa expectativa: fortalecer a região para ficar conhecida cada vez mais”, disse Godoy, sinalizando para a possibilidade da inclusão do município Artur Nogueira na nova empreitada.

“O Circuito poderá trazer novos investimentos. Se pensamos juntos crescemos mais fortes para trazer recursos dos governos federal e estadual. A união faz a força. A nossa visão é de cooperação, união e fortalecimento para a região.”

Santo Antonio de Posse

Apesar de estar associado à cidade de Holambra, o Veiling, maior leilão de flores da América Latina, está localizado em Santo Antonio de Posse. Esse é um dos pontos para a inclusão da cidade no Circuito das Flores. “Além disso, a cidade também possui vários produtores de flores e plantas, destacando a produção de crisântemos, violetas, samambaias, rosas exóticas e cravos. Também somos sede de mais de 100 empresas atacadistas de flores, o que faz de Posse um centro de produção e venda de plantas e flores”, defendeu o prefeito da cidade, Maurício Dimas (PT).

A administração municipal ainda acredita que a divulgação de Posse no cenário nacional deve atrair investidores do Brasil e do exterior. Caso seja aprovada a criação do Circuito das Flores, Dimas afirmou que pretende entrar para a lista do Circuito das Águas Paulistas e posteriormente requerer o título de Estância, o que irá possibilitar verbas específicas do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (Dade).