Cidade não terá pacientes da Capital

Por acordo entre o prefeito Jonas Donizette (PSB) e o governador João Doria (PSDB), Campinas deixará de receber pacientes com Covid-19 da Região Metropolitana de São Paulo. Ontem, quatro pacientes da Grande São Paulo estavam internados no Ambulatório Médico de Especialidades (AME), unidade do Estado. Segundo o secretário de Saúde, Carmino de Souza, a preocupação é de a cidade não conseguir atender os pacientes e também com a circulação de pessoas que convivem com os positivos de Covid-19, que acompanham os pacientes internados e que ficarão em Campinas para estar mais perto dos parentes. A Unicamp, segundo ele, tem a mesma preocupação e vem fazendo apelos ao Estado no mesmo sentido. “Precisamos preservar os leitos para nós e a região. Os quatro pacientes que vieram da Grande São Paulo continuarão aqui em tratamento, mas conseguimos frear o envio de novos pacientes”, disse o prefeito. No AME, ontem, estavam internadas 15 pessoas com Covid-19, incluindo 11 pacientes da região de Campinas. “Nossa prioridade são os pacientes da nossa região, até porque São Paulo tem uma infraestrutura muito maior que a nossa”, disse Jonas. O grande número de pacientes da região atendidos em Campinas também é registrado na Unicamp e interfere na rotina de atendimento. De cada dez internados, nove são da RMC, segundo o secretário. Com a ocupação de leitos em UTIs próxima do limite máximo, a Secretaria Estadual da Saúde se papara, nesta semana, para receber mais pressão por vagas de internação, o que deve colocar em teste a capacidade do Estado de transferir pacientes de uma região para a outra. Flores As floriculturas, que englobam as atividades do setor de plantas e flores ornamentais, podem funcionar durante esse período de quarentena em Campinas. A flexibilização para o setor atende determinação do Estado e do Ministério da Agricultura, que considera o setor agropecuário serviço essencial. Na região de Campinas há 500 pontos de venda de flores. Decreto será publicado hoje liberando a abertura das floriculturas, incluindo o Mercado de Flores da Ceasa, com a determinação de distanciamento social, evitar aglomerações e todas as medidas de higiene, como uso de álcool em gel, máscaras. Boa parte das floriculturas já vem operando em sistema de entrega e poderão abrir, o que significa um respiro para o setor, na semana que antecede do Dia das Mães, uma das datas mais importantes de venda para elas.