CAMPINAS

Ciclovia no canteiro da Norte-Sul fica pronta em 60 dias

Pista de duplo sentido para bicicletas terá 1,3 quilômetro e será construída da altura da Rua Gustavo Ambrust até a Rua Oriente

Cecília Polycarpo
23/07/2015 às 20:06.
Atualizado em 28/04/2022 às 17:22
Prefeito Jonas Donizette (PSB) assinou a ordem de serviço para o início da obra.  ( Dominique Torquato/ AAN)

Prefeito Jonas Donizette (PSB) assinou a ordem de serviço para o início da obra. ( Dominique Torquato/ AAN)

A ciclovia da Avenida Norte-Sul, em Campinas, será entregue em dois meses. Nesta quinta-feira (23), o prefeito Jonas Donizette (PSB) assinou a ordem de serviço para o início da obra. A pista de duplo sentido para bicicletas terá 1,3 quilômetro e será construída da altura da Rua Gustavo Ambrust até a Rua Oriente. Os trabalhos começam imediatamente e custarão R$ 750 mil. A ciclovia da Norte-Sul não terá recursos municipais: toda a construção será uma contrapartida de três empresas, acertada por meio de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC).Uma das novidades da nova ciclovia são os 50 postes de iluminação fotovoltaica, que acumulam energia solar em uma bateria durante o dia para acenderem à noite. As pistas não serão contínuas — os ciclistas precisarão parar nos cruzamentos com as ruas. No entanto, haverá sinalização e semáforos próprios. A obra inclui ainda novas calçadas no canteiro central, que terão ainda rampas de acessibilidade a cadeirantes Campinas tem hoje 18 quilômetros de ciclovias. Os custos da nova pista serão de R$ 424 mil. O restante, cerca de R$ 326 mil, serão para a construção dos passeios e implantação da sinalização.A ADM Participações e Administrações de Bens, a Residencial Coimbra Empreendimentos Imobiliários o Condomínio do Shopping Center Iguatemi são os responsáveis pela obra, que será executada pela Quintana Terraplanagem e Pavimentação.A construção da ciclovia da Norte-Sul é a segunda parte a ser entregue do plano cicloviário municipal. A primeira obra foi a pista da Avenida Mackenzie, pronta desde no dia 15 de junho, também com recursos da iniciativa privada. Com a Mackenzie, Campinas tem hoje 18 quilômetros de ciclovias. A Administração pretende implantar mais 122,8 quilômetros em ao menos 20 bairros até 2016. Todas serão construídas em canteiros centrais de vias importantes com sinalização e semáforos próprios, em cruzamentos, para a integração com o trânsito local. A maior parte das ciclovias terá pontos de parada nos terminais de ônibus e também nos futuros terminais de transferências dos BRTs (Bus Rapid Transit, ônibus de trânsito rápido). Nesses locais serão construídos bicicletários para haver integração entre os meios de transporte e facilitar a mobilidade dos usuários. No plano apresentado pela Prefeitura em abril, também foi entregue o projeto de construção de 13,7 quilômetros de ciclovias que integrará o entorno por onde circulará os BRTs. Os modais contemplarão áreas das regiões do Campo Grande e Ouro Verde para ajudar no acesso aos ônibus rápidos. Durante a assinatura do início das obras, que ocorreu no Salão Azul da Prefeitura, Jonas falou sobre a necessidade de seu governo deixar para a cidade um projeto de transporte público estruturado, que inclui ainda veículos sobre trilhos. “Esta será a saída para o problema da mobilidade.” O próximo local a ter a implantação de ciclovia será a Avenida Baden Powell, segundo Jonas. A Administração já retirou do Jardim Nova Europa as torres de alta tensão desativadas para o início da obra.Primeira FaseAo todo, o plano cicloviário contempla quatro fases. A primeira teria 16 km de ciclovias até o fim deste ano. Apesar do tempo curto, a Administração manteve o prazo. Uma das ciclovias, a da Mackenzie, já está pronta. A segunda ciclovia será a da Norte-Sul e a terceira, de 1,6 km, na Baden Powell.Ainda na primeira fase, o distrito de Barão Geraldo receberá um trecho de 2,1 km, que parte da Rua Luiz Vicentin até Avenida Santa Isabel. A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) abrirá também licitação para a contratação da empresa que elaborará os projetos executivos para as obras nas ciclovias da Avenida Washington Luiz (950 metros) e na Theodureto de Almeida Camargo (1,6 km). Além de três trechos no distrito de Nova Aparecida, que somam 2 km, totalizando os 16,3 km.Outros 52 quilômetros de ciclovias serão realizados após 2016. A segunda parte do projeto atinge áreas do Aeroporto Internacional de Viracopos e das rodovias Santos Dumont (SP-075) e Miguel Melhado de Campos (SP-324), localizados na mesma região. Somando todas os modais do plano, a cidade pode chegar a 182 quilômetros de ciclovias. Boa notíciaPara quem anda de bicicleta diariamente, o início da obra foi uma boa notícia. O estudante Gabriel Lemes Rocha, de 18 anos, considera interessante o aumento do percurso das ciclovias, desde que a segurança e a sinalização também sejam trabalhadas. “A ciclovia é muito importante, bem melhor que andar no meio dos carros, mas precisa de mais sinalização. O carro precisa respeitar mais a faixa, tem alguns que invadem e até estacionam”, reclama. “Aumentar o circuito seria muito bom. Ter outras opções de caminhos e percursos é bem interessante”, completa Rocha. O operador de empilhadeira Diego Cardoso Nogueira, de 23 anos, disse que ter a ciclofaixa disponível todos os dias da semana seria muito bom, principalmente para quem usa a bicicleta como meio de transporte. A segurança das faixas também foi questionada por Nogueira. “A ciclovia não tem muita segurança, muitos carros invadem a faixa. Eu quase fui atropelado várias vezes”, conta. Ele disse ainda que é um ponto positico que a ciclovia tivesse duas mãos. Colaborou Giulia Bucheroni

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