Chuva transborda Ribeirão dos Toledos e inunda 3 bairros

Mais uma forte chuva trouxe consequências para moradores da região na madrugada de quarta-feira (16). Em Santa Bárbara d’Oeste, o Ribeirão dos Toledos transbordou e atingiu várias casas nos bairros Jardim Conceição, Santa Alice e Jardim Sartori. Segundo a Defesa Civil, além do volume registrado, de 78 milímetros, uma represa em Capivari teria cedido e agravou a situação na cidade. Em Campinas, os distritos de Sousas e Barão Geraldo e o bairro Recanto dos Dourados, castigados com alagamentos na semana passada, estão sendo monitorados. Na tarde de quarta, a situação em Santa Bárbara ainda era crítica. O nível do ribeirão não baixou e agentes da Defesa Civil ajudavam moradores a retirar móveis e itens pessoais das residências. O bairro mais afetado é o Jardim Conceição. Não há famílias desabrigadas, mas algumas, em número não informado, foram para casas de parentes, segundo o coordenador Joaquim Pedro dos Santos. “Continuamos em alerta e monitorando todos locais de alagamento”, disse. O Departamento de Água e Esgoto (DAE) informou que o abastecimento de água na cidade está prejudicado, pois a represa Santa Alice, responsável pelo envio de água para tratamento, foi alagada, impossibilitando o envio para tratamento. Em Campinas, as famílias que moram nas margens do Rio Atibaia estão preocupados com novos alagamentos. A Defesa Civil informou que não há possibilidade de novas inundações, pois o nível do rio abaixou. Em Barão Geraldo, muitos moradores ainda recuperam objetos e fazem a limpeza de suas residências invadidas pela água no final da semana passada. De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Sidnei Furtado, Sousas, Recanto dos Dourados, Vale das Garças e Piracambaia 1 e 2, que foram castigados com as chuvas estão sendo monitorados. “O volume de chuva diminiu, mas continuamos em alerta.” No bairro Piracambaia 2, as estradas estavam completas de lama nesta quarta e a entrada de algumas residências, inundadas. Muitos moradores começaram a limpeza. Uma força-tarefa realizada pela Defesa Civil foi feita pela manhã para a retirada dos móveis estragados pela água. Na Rua Sabiá, a dona de casa Aparecida Cegantini, de 60 anos, disse que faz 18 anos que mora na região e nunca tinha visto a água subir nessa intensidade. “Ficamos ilhados por cinco dias. Mas, agora, estamos sem água tratada. A sorte é que vieram trazer hoje”, afirmou. Na residência de Josefa Maria da Silva, a água chegou a um metro e meio de altura. “Estava na casa do meu cunhado. Hoje (quinta-feira) que eu retornei e comecei a limpar a casa. Perdi tudo, geladeira, colchões e móveis. A preocupação é voltar a chover e invadir novamente.”