REGIÃO DO CAMPO BELO

Choque libera rodovia após quatro horas de bloqueio

Manifestantes fechavam trecho da Rodovia Miguel Melhado Campos (SP-324) desde as 8h

Correio Popular
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11/07/2013 às 09:12.
Atualizado em 25/04/2022 às 09:12

Ricardo Fernandes

Raquel Valli

O trecho da Rodovia Miguel Melhado Campos (SP-324) - Vinhedo/ Viracopos, na região do Campo Belo, em Campinas, que estava bloqueado desde as 8h desta quinta-feira (11), por manifestantes, foi desbloqueado quatro horas depois pelas tropas de Choque e de Canil da Polícia Militar (PM), acompanhadas da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam). Três pessoas foram detidas e encaminhadas ao 9º Distrito Policial (D.P.). Um policial ficou ferido. Bombeiros apagaram as barricadas de fogo e limparam a via entre os quilômetros 94 e 96, que estavam interditados. 

A manifestação, que começou pacífica, terminou em confronto, com bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral, lançadas pela PM, e bombas caseiras e pedras, jogadas por um grupo restrito de vândalos.  

Por volta das 11h15, o confronto começou com arruaceiros queimando pneus e lançando-os contra a polícia, que começou, então, a lançar as bombas para dispersá-los. Como não foi suficiente, a tropa seguiu marchando, em linha, até terminar de vez a manifestação, dois quilômetros depois, pista sentido Vinhedo.

Pauta 

A reivindicação começou com cerca de 400 pessoas reivindicando rede de esgoto, escola, creche e posto de saúde, que inexistem no local. Pediam, também, a regulamentação da área, que é invadida. 

Em relação as cerca de 50 famílias que vivem nos bairros Cidade Singer e Jardim Columbia, às margens da Rodovia Santos Dumont (SP-75), desejam a reintegração do terreno, que será usado para a expansão do Aeroporto Internacional de Viracopos.

Os manifestantes pretendiam uma passeata até o Jardim Nova América, mas foram impedidos pela Polícia Militar (PM). "Não temos como garantir que eles irão se comportar e que não irão tentar bloquear a via ", informou o capitão da PM, Fernando Fagionato.

A negativa foi dada à comissão de moradores, representados por Edson José de Santana, e pelo advogado Vandré Paladini Ferreira, do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, que tentavam persuadir o policial a liberar a passeata pela Santos Dumont.  

O capitão usou como argumento o fato de que os manifestantes bagunçaram os protestos nas três manifestações anteriores, ocorridas neste mês no mesmo local. 

Na segunda-feira (1), três ônibus e dois micro-ônibus foram apedrejados. Na noite de terça (2), mais outro ônibus foi apedrejado. Na quinta (4), durante o protesto que até então havia sido o mais violento - a Tropa de Choque também liberou a rodovia usando bombas de efeito moral e de gás lacrimogênio, depois que arruaceiros dispararam rojões e bombas, além de pedras, na polícia. 

Providências da Prefeitura

Em resposta às demandas reivindicadas, o Poder Municipal informou que está trabalhando em duas frentes: na questão estrutural e na emergencial (através de mutirões de serviços).

Quanto aos mutirões, informa que realizou três, fazendo limpeza pública (inclusive para evitar a dengue), abrindo e cascalhando ruas, antes intransitáveis. O trabalho foi feito por uma força-tarefa e por máquinas.

Já em relação às demandas estruturais, que está em andamento a pavimentação de dois bairros, a do Jardim Fernanda e a do Jardim Marisa. Neste último, que está em processo a construção de uma escola. Informou, ainda, que está prevista, dentro dos próximos dias, a ordem de serviço para a realização de 107 quilômetros de uma rede de esgoto.

Sobre a insegurança da população quanto a possíveis despejos, o secretário de Relações Institucionais Vanderlei Almeida, disse que: “não há nada em curso em termos de desapropriação por parte da Prefeitura. Isso são boatos que levam insegurança à população”. Almeida reiterou, ainda, que nada neste sentido seria feito sem que os moradores soubessem. “A transparência é uma diretriz do prefeito”.

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