CAMPINAS

Chega a sete o número de casas noturnas interditadas em Campinas

Operação foi deflagrada durante esta manhã e deve vistoriar 16 casas noturnas de Campinas

Douglas Fonseca
31/01/2013 às 11:13.
Atualizado em 26/04/2022 às 06:17
Manga Real é a primeira casa noturna da cidade a ser lacrada em fiscalização (Divulgação)

Manga Real é a primeira casa noturna da cidade a ser lacrada em fiscalização (Divulgação)

A primeira casa noturna de Campinas foi interditada nesta manhã (31). O estabelecimento conhecido como Manga Real, localizado na Avenida Engenheiro Carlos Steverson, 323, no bairro Cambuí foi fechado após a fiscalização de uma comissão formada por fiscais da Secretaria de Urbanismo de Campinas, Corpo de Bombeiros e alguns vereadores.

No estabelecimento foram constatados várias irregularidades como a falta de extintores de incêndio suficientes para combater o fogo, auto de vistoria do Corpo de Bombeiros vencido desde setembro de 2012, falta de sinalização de emergência e o alvará da Prefeitura de Campinas liberava o local como bar e restaurante e não como casa noturna com palco e apresentações musicais.

A segunda casa noturna interditada pela vistoria foi o Espaço MOG, localizado na Rua Doutor Armando Sales de Oliveira, 377, no Taquaral. Apesar do estabelecimento ter o alvará da Prefeitura de Campinas em ordem, foi fechado porque o laudo do Corpo de Bombeiros estava vencido desde o dia 27 de dezembro de 2012.

Em seguida às duas primeiras suspensões das atividades das casas noturnas mencionadas, a Cachaçaria São joaquim, localizada na Rua dos Contabilistas, N° 8 também foi fechada por não possuir 2 extintores de incêndio exigidos e por conter em frente à saída de emergência dois detectores de metal que impossibilitariam a fuga pelo local em caso de incêndio.

Segundo o proprietário da Cachaçaria, Wendel Alves da Silva, os problemas são simples de serem resolvidos e já tomou as providências necessárias. O empresário vai tentar voltar às atividades ainda nesta quinta-feira (31). No entanto, para a liberação do funcionamento, um protocolo deve ser apresentado na Prefeitura e esta por sua vez faz a averiguação do e libera as atividades no local. Em nota enviada a redação, o estabelecimento alega que possui os dois extintores e que, na verdade, os lacres estavam rompidos, mas com carga e dentro da validade. A nota explica ainda que os detectores de metal instalados na entrada da Cachaçaria tem o objetivo de evitar a entrada de armas no estabelecimento.

A quarta casa noturna a ter suas atividades suspensas na cidade foi o Rancho 2000, na Avenida Andrade Neves, bairro Jardim Botafogo. O estabelecimento não possui o alvará, apesar deste estar em trâmite na Prefeitura devido à falta do laudo acústico do local.

Além do alvará ainda não ter sido liberado, os bombeiros encontraram botijões de gás armazenados irregularmente na cozinha e uma placa de metal saindo do quadro de energia. A casa noturna tem um prazo de 5 dias para regularizar a sua situação.

No início da tarde o quinto estabelecimento teve suas atividades suspensas. O Armorial, localizado na Rua Arvelino do Amaral, N° 32 no bairro Jd. Paraíso foi interditado porque a saída de emergência não atende às exigências dos bombeiros.

De acordo com a casa noturna, o problema será resolvido e dentro de 24 horas entrará com pedido de nova vistoria na Prefeitura. O Corpo de Bombeiros exige que a porta de saída de emergência seja alterada e a proteção seja reformada e aumente 5 centímetros.

A fiscalização visitou mais duas casas noturnas pouco depois das 15h30. A casa de música eletrônica Delux.e Club Loung, localizada na Rua dos Contabilistas , 115, no Cambuí, está com a situação regularizada. Na casa Lounge Campinas não havia ninguém e os fiscais devem voltar para uma visita.

A sexta casa noturna Livre Bar, de Campinas, foi a sexta casa a ser fechada pelos fiscais, por volta das 16h15 desta tarde (31). A casa, localizada na Avenida Francisco Glicério, 2165, não tinha alvará de funcionamento e nem laudo do Corpo de Bombeiros.

Nota enviada à redação informa que o alvará está em processo de renovação aguardando ser liberado pela Prefeitura. Já sobre a vistoria dos Bombeiros, o pedido de renovação foi realizado e aguarda o resultado. Por fim, a nota afirma que durante a vistoria não foi solicitado nenhuma modificação.

Por volta das 17h, os fiscais realizaram a interdição do Cartum, no distrito de Sousas. O motivo alegado pelos agentes é o alvará de funcionamento provisório que está vencido. 

Ao todo 16 casas noturnas serão fiscalizadas e, caso não tenham o alvará de funcionamento, terão suas atividades interrompidas até a regularização das exigências que permitirão o funcionamento do local. A lista das casas noturnas não foi divulgada até o momento.

EFEITO SANTA MARIA-RS

A fiscalização das casas noturnas de Campinas foi idealizada após a tragédia que abalou o País inteiro e matou 235 pessoas que frequentavam uma boate na cidade de Santa Maria-RS. Assim como Campinas, outras cidades levantaram o assunto e aplicaram maior rigor na fiscalização.

No Rio de Janeiro, três estabelecimentos foram lacrados poucos dias após a tragédia em Santa Maria-RS.

Confira os estabelecimentos interditados em Campinas

- Manga Real Botequim - Avenida Engenheiro Carlos Steverson, 323, no bairro Cambuí

- Espaço MOG - Rua Dr. Armando Sales de Oliveira, 377, bairro Taquaral

- Cachaçaria São Joaquim - Rua dos Contabilista, N° 8, bairro Jd. Novo Cambuí

- Rancho 2000 - Av. Andrade Neves, N° 1565, bairro Jardim Chapadão

- Armorial Premium Club - Rua Argelino do Amaral, N° 32, bairro Jd. Paraíso

- Livre Bar - Avenida Francisco Glicério, 2165, bairro Vila Itapura

- Cartum Sousas - Avenida Antônio Carlos Couto de Barros, 1161 - Notre Dame Campinas 

Com informações da repórter Patrícia Azevedo/AAN e Felipe Tonon/AAN

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