BALADA

Chega a 25 número de casas noturnas lacradas na RMC

Blitze foram iniciadas após tragédia no Sul; em Campinas, 11 foram interditadas e uma já liberada

Patrícia Azevedo
02/02/2013 às 06:30.
Atualizado em 26/04/2022 às 05:59

As cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) estão fechando o cerco às casas noturnas irregulares.

Desde o início desta semana 25 boates foram interditadas em Americana, Campinas, Valinhos e Indaiatuba.

A onda de fiscalizações é uma reação à tragédia que matou 236 jovens na madrugada de domingo (27) em um incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS).

A primeira cidade a reagir foi Americana. Na segunda-feira (28), o prefeito suspendeu o alvará de funcionamento das dez casas noturnas em funcionamento na cidade.

Eles terão que apresentar documentos, o alvará e também provar a existência de uma equipe de brigadista no local.

Desde quinta-feira (31), a Prefeitura de Campinas fechou onze casas noturnas da cidade que não apresentaram alvará de funcionamento o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) em dia. Uma delas já foi liberada nesta sexta-feira (1), após regularizar a situação.

A situação mais inusitada ocorreu em uma das casas noturnas mais antigas de Campinas, a Galo de Ouro, que funciona no bairro Itatinga. O local apresentava um alvará datado de 1983. 

Em Valinhos, fiscais da Prefeitura lacraram três estabelecimentos durante operação de fiscalização nas casas de shows e buffets da cidade. As duas casas noturnas do município, Avenida Dois e Som Brasil, foram lacradas porque não tinham um laudo de segurança do Corpo de Bombeiros.

O Centro de Eventos Victoria também teve as atividades suspensas porque não apresentava o laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros. “Diante do que aconteceu em Santa Maria, é preferível a gente se precaver. A Prefeitura está preocupada com essa situação de segurança nos estabelecimentos da cidade”, afirmou Vicente Marchiori, da Secretaria da Fazenda.

Em Indaiatuba, a casa noturna Espaço Vila foi interditada a pedido do Corpo de Bombeiros porque apresentava “perigo iminente”. Segundo a Prefeitura, o local não atendia aos quesitos de segurança determinados pelo Corpo de Bombeiros. E outros 20 estabelecimentos que não têm alvará para apresentar shows ao vivo foram notificados a interromper as apresentações.

O trabalho de fiscalização foi intensificado também em cidades como Monte Mor. A Prefeitura verificou a situação das duas casas da cidade e constatou que os estabelecimentos estão com a documentação em dia.

As cidades de Jaguariúna, Vinhedo e Hortolândia foram procuradas para informar a situação de suas casas noturnas, mas não retornaram à solicitação da reportagem até o fechamento dessa edição.

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