Fábio Aparecido Novaes da Silva: participação na quadrilha foi confirmada com prisão de dois cúmplices (Divulgação)
A Polícia Civil de Campinas identificou o chefão da Gangue do Rolex, que agia nos bairros Cambuí e Chácara Gramado. O suspeito, Fábio Aparecido Novaes da Silva, de 29 anos, operava o esquema criminoso com braço internacional e se encontra foragido. A participação dele na quadrilha foi confirmada com a prisão de dois integrantes e a apreensão de vários objetos nesta semana, após cumprimento de mandados de busca, apreensão e prisão. As peças roubadas na cidade, segundo a polícia, iam para Argentina e para países da Europa. Outro integrante do bando, Lyncoln Aparecido de Novaes, de 19 anos, também foi identificado. Ele era o dono das armas apreendidas na operação. Ambos são sobrinhos do líder da quadrilha, Valdir de Novaes, que foi morto por policias do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), no ano passado, em uma ação da quadrilha em um roubo de relógios Rolex, em São Paulo. Os dois suspeitos tiveram prisão preventiva decretada anteontem e não foram localizados ontem, em mandato de prisão cumprido por policiais do 10º Distrito Policial, no Jardim Proença. Fábio e Lyncoln foram detidos na segunda-feira durante a operação, mas foram liberados porque não houve flagrante. No entanto, eles confessaram a participação nos roubos e Fábio, sua liderança no bando. A partir de então, os policiais pediram suas prisões. Fábio acompanhava Felipe Oliveira Melo, 23 anos, nas ações. Eles usavam um Agile, que era dirigido por Melo, foi preso no último dia 15. Além de supervisionar as ações, Fábio era o responsável por levar para a Capital os relógios roubados, onde eram vendidos. Dependendo do valor e dos detalhes de acabamento sofisticados (como pedras preciosas, por exemplo), os acessórios eram enviados para fora do Brasil. “Com a formalização de provas contra o líder do grupo, bem como a identificação do dono das armas que utilizavam nos crimes que investigamos, temos a certeza de que não irão mais atuar em nossa região, até porque encontram-se procurados pela Justiça”, disse o chefe de investigação do 10º DP, Marcelo Hayashi. De acordo com os investigadores, só na área do Cambuí, os criminosos fizeram ao menos dez vítimas neste ano. Esses ataques renderam cerca de R$ 300 mil. Conforme os investigadores do 13º DP, a quadrilha agia no Cambuí havia pelo menos dez anos e deveria ter ao menos 30 integrantes. Só nos últimos dois anos, o distrito foi responsável pela prisão de sete pessoas. Com os quatro presos, sobe para 11 o número de presos do bando. Todos os indiciados são moradores de Sumaré.