Atividade foi realizada no Largo do Rosário e disponibilizou exames para verificar se o paciente se enquadra no grupo de risco da doença
Foram disponibilizados para a população exames de rastreamento para diagnóstico precoce da doença renal, exames de urina e de creatinina (que mede o funcionamento dos rins) (Janaina Ribeiro/ AAN)
Cerca de mil pessoas passaram pelo evento organizado por profissionais da área da saúde no Dia Mundial da Rim, com uma série de atividades no Largo do Rosário, entre elas exames para verificar se o paciente se enquadra no grupo de risco da doença. A atividade foi promovida, na parte da manhã, pelo Instituto do Rim de Campinas e Secretaria Municipal de Saúde, com o nome de "Rins Saudáveis para Todos" . Na ação, foram disponibilizados para a população exames de rastreamento para diagnóstico precoce da doença renal, exames de urina e de creatinina (que mede o funcionamento dos rins). Do total de pacientes atendidos, ao menos 700 foram indicados para realizar o exame de laboratório que pode indicar se existe doença ou comprometimento do órgão. O exame foi realizado na Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas. Os pacientes indicados pelos integrantes da campanha foram encaminhados para o início de um tratamento adequado a cada caso na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). "É uma doença silenciosa, por isso a necessidade de se realizar exames e orientar as pessoas, principalmente as carentes, da importância do rim para o corpo humano", explica o médico nefrologista José Marcelo Morelli, diretor da Clínica Humanas e membro da SBN.Durante a ação, 120 estudantes de três faculdades de Campinas - PUC-Campinas, São Leopoldo de Mandic e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) - auxiliaram e atenderam os pacientes. No Brasil, de acordo com dados fornecidos pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, mais de dez milhões de pessoas têm problemas renais em diferentes estágios de evolução e a maior parte delas desconhece estar doente. A dona de casa Rosana Aparecida Azevedo dos Santos, de 56 anos, viveu o drama da doença do rim. O problema apareceu há dois anos e meio, e ela acreditava que era dengue. "Sentia muita dor nas pernas, mas achava que não era nada. Tive que internar, fiquei 17 dias. E aí meus dois rins tinham parado de funcionar. Ele secou", disse. Segundo ela, foram 20 meses de hemodiálise para que ele voltasse a funcionar, no final do ano passado. "Enfrentei a luta e hoje estou aqui para ajudar as pessoas. Para que elas saibam que isso pode acontecer com todos", disse.