CAMPINAS

Centro de Tratamento de Queimados deve ser entregue em julho

CTQ atenderá pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), conveniados da Santa Casa e particulares; o espaço terá dois andares e contará com um ambulatório para acompanhamento e reabilitação

Bruno Bacchetti
bruno.bacchetti@rac.com.br
26/05/2015 às 05:00.
Atualizado em 23/04/2022 às 12:39

Inicialmente projetado para ocupar uma área de 650 metros quadrados no complexo da Santa Casa de Misericórdia e Irmãos Penteado, mas a ala foi ampliada e terá 800 metros quadrados (Elcio Alves)

Com atraso de quase um ano, o Centro de Tratamento de Queimados de Campinas (CTQ) deverá ser entregue em julho, segundo o secretário de Saúde, Carmino de Souza, colocando fim a uma carência desse tipo de serviço na cidade. Inicialmente projetado para ocupar uma área de 650 metros quadrados no complexo da Santa Casa de Misericórdia e Irmãos Penteado, a ala foi ampliada e terá 800 metros quadrados. Com a expansão do projeto, o custo saltou de R$ 3 milhões para aproximadamente R$ 4 milhões. O CTQ atenderá pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), conveniados da Santa Casa e particulares. O espaço terá dois andares e contará com um ambulatório para acompanhamento e reabilitação - que não estava previsto no início do projeto - além de 12 leitos com capacidade para outros oito, salas para fonoaudiologia, nutrição, área administrativa e de ensino."Estamos na reta final e o combinado é que a ala de queimados será entregue no mês de aniversário da cidade, em julho. A carência é total, não temos leito de queimados. A OMS (Organização Mundial de Saúde) preconiza um leito de queimados para 30 a 35 mil habitantes, o que daria 30 leitos, e teremos 20", afirmou Carmino. Atualmente, o morador de Campinas que precisa desse tipo de atendimento é transferido para Limeira ou para São Paulo.O projeto da ala de queimados é fruto de uma parceria entre a Prefeitura e Irmandade de Misericórdia, mantenedora do hospital, com recursos de seis empresas (Sanasa, CPFL Paulista, Aeroportos Brasil Viracopos, Bradesco, MRV e Rumo Logística). De acordo com Carmino, o atraso se deu porque uma das empresas teve dificuldade em obter financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Outros dois motivos que travaram a implantação da ala foram a ampliação do projeto e a compra dos equipamentos, que precisaram ser renegociados por causa da variação cambial. "Uma empresa não conseguiu finalizar o financiamento e o valor será custeado pela própria Santa Casa. O recurso da empresa virá, mas não se sabe quando. Outra coisa é que os equipamentos e mobiliários são importados e foram negociados em novembro do ano passado, mas o dólar subiu e depois de uma longa negociação conseguimos manter os valores", acrescentou o secretário.Com custo mensal estimado em R$ 400 mil, o CTQ será operacionalizado e custeado, em parte, pela Prefeitura. Cada leito custa, em média, R$ 1,4 mil - valor 40% maior que o custo de um leito de UTI médio. Segundo Carmino, a ideia é que o custeio seja dividido com os governos estadual e federal, mas o auxílio só pode ser solicitado após a abertura da unidade. Campinas tem hoje, em média, 75 casos de queimaduras. Do total, cinco são graves - o que corresponde a cerca de 8% das internações que exigem intervenções cirúrgicas e corretivas.ReferênciaDiretor da ala de queimados de de Limeira, Flávio Nadruz Novaes exercerá o mesmo cargo em Campinas, e prevê que o CTQ será referência nacional no tratamento de pacientes e ensino. Posteriormente, o objetivo é também contribuir na área de pesquisa. "Atualmente 100% dos pacientes residentes em Campinas são tratados fora do serviço especializado ou vão para cidades vizinhas. O Centro terá um tripé, que é a assistência, esse o principal objetivo; o ensino, que a gente se propõe a fazer com as universidades da cidade; e a pesquisa, num momento posterior", explicou. A Unicamp, PUC, Sobrapar e Mário Gatti já fecharam parceria com o CTQ para a área de ensino.

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