DIA DOS PAIS

Centro de Campinas estava bem movimentado, mas os lojistas, desanimados

Segundo alguns deles, as vendas estavam abaixo do que esperaram

Alenita Ramirez/ [email protected]
14/08/2022 às 12:53.
Atualizado em 14/08/2022 às 12:53
Alguns comércios ficariam abertos até 19h na expectativa de aumentar as vendas (Gustavo Tilio)

Alguns comércios ficariam abertos até 19h na expectativa de aumentar as vendas (Gustavo Tilio)

Apesar do grande movimento no Calçadão da 13 de Maio, na região central de Campinas, os lojistas estavam desanimados ontem pela manhã. Segundo eles, as vendas para os Dia dos Pais estavam abaixo das expectativas e eles contabilizavam uma redução de 20% na comparação com igual período de 2019 – pré-pandemia. “A gente esperava mais, mas, neste ano tem muita gente desempregada, sem contar que o fluxo de consumidores no Centro caiu muito devido à presença de moradores em situação de rua e também da Zona Azul, que passou a ser cobrada por aplicativo e com um limite de créditos ao usuário”, comentou o gerente de uma loja, que pediu para não ser identificado.

Alguns comércios ficariam abertos até 19h na expectativa de aumentar as vendas. Entretanto, os vendedores se mostravam desanimados, porque muitos consumidores apenas pesquisavam preços. “Há muitas promoções, mas poucas pessoas estão comprando”, confirmou uma vendedora de uma loja de departamentos, que também não quis ser identificada.

A Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) calculou nesta semana que o aumento nas vendas para os Dia dos Pais poderia chegar a 16,5% no município. Os comércios de sapatos, perfumes, roupas masculinas e cervejas artesanais seriam os mais beneficiados com a data, considerada a terceira em grau de importância para vendas. 

Preços salgados

Apesar do desânimo dos lojistas, muitos consumidores entrevistados pela reportagem estavam animados e alguns circulavam pelo Calçadão com diversas sacolas. “Comprei bota, terno. Como não tenho mais meu pai, vou presentear o meu genro, pois ele é uma pessoa muito boa”, explicou a técnica em enfermagem Rosenilde Gonçalves Figueiredo, de 43 anos, que foi às compras acompanhada da irmã e de uma amiga, que também carregavam algumas “comprinhas” para elas.

As três são moradoras de Valinhos e vieram a Campinas por considerar que os preços estavam mais em conta em comparação a outras cidades da região. “Paguei tudo à vista e tinha muita promoção”, garantiu Rosenilde. 

A aposentada Maria Rosa, de 81 anos, e a filha, Aparecida Andrade, de 56 anos, buscavam por um moletom para o neto da idosa, que é pai. Apesar de vasculharem peças em uma banca com promoções, acharam que os preços ainda estavam “salgados”. “Deveriam abaixar mais. Tudo está muito caro, mas vamos ver se achamos algo em conta”, disse Aparecida.

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