Centro Boldrini registra 39 casos na pandemia

O Centro Infantil Boldrini de Campinas, referência no tratamento de câncer pediátrico e doenças do sangue na América Latina, registrou 39 casos confirmados do novo coronavírus entre abril e junho. De acordo com a administração do hospital, foram infectados dois pacientes que não estavam com câncer e 37 trabalhadores, sendo sete terceirizados. O balanço aponta, entretanto, que o índice de contaminação é baixo. Para os 1.389 pacientes considerados em junho, o percentual é de 0,14%. Já para os 677 funcionários, 5,46%.  "Todos os casos de suspeita e confirmação usaram a ala especial que o Boldrini criou para atender possíveis casos de Covid-19, isolados dos demais pacientes. Vale lembrar aqui que os pacientes com câncer já seguem orientações de evitar aglomerações muito antes de surgir a pandemia. A lavagem das mãos é sistemática para os profissionais e visitantes que entram e saem dos quartos dos pacientes, justamente porque estes são imunodeprimidos e precisam ter um cuidado redobrado", explica Silvia Brandalise, presidente do Boldrini. Nos últimos três meses, foram 37 casos suspeitos em pacientes. No que diz respeito aos colaboradores, a entidade não detalhou as notificações, mas informou ter, hoje, 529 contratados em regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e 148 terceirizados ou autônomos. Dentre os 30 funcionários CLT que foram infectados, 16 são da área de enfermagem, 12 da administrativa e dois médicos. Neste caso, todos foram devidamente afastados para cumprir o período de quarentena. Já os terceirizados, são seis médicos e um da área de apoio. Sobre o cenário envolvendo os trabalhadores, a médica reforça que "os profissionais de saúde costumam trabalhar em dois ou três lugares distintos. Esse fato em muito dificulta a identificação de onde ele pegou a infecção pela Covid-19". Entre abril e junho, mais de 12 mil consultas médicas foram realizadas no Boldrini. Além dos protocolos que já eram seguidos anteriormente, desde março, o hospital conta com um plano de contingência. Entre as medidas de segurança, existem recomendações acerca do uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs), da realização de uma primeira avaliação sem contato direto, procedimentos para limpeza e desinfecção dos ambientes. As diretrizes contemplam ainda cuidados com o transporte e as visitas aos pacientes, entre outros pontos.