Prefeito eleito para mandato-tampão pretende zerar fila de exames e cirurgias em até seis meses
Du Cazellato e sargento Camargo, ambos do PSDB, tomaram posse ontem, como prefeito e vice de Paulínia, respectivamente, em cerimônia na Câmara da cidade. Em entrevista coletiva, Cazallato prometeu realizar um mutirão na área da saúde. Ele pretende zerar a fila de exames e cirurgias em até seis meses. O plenário da Câmara estava lotado para a cerimônia de posse. Todos os vereadores compareceram e foram muito aplaudidos, assim como o prefeito e o vice.O primeiro a discursar foi o sargento Camargo. Com a voz embargada e tentando controlar o choro, ele agradeceu à família, amigos e a Deus. "Essa caminhada da campanha não foi fácil. Quero uma cidade melhor para a gente e para todos os paulinenses. Quero que a cidade se torne um exemplo para a região e para o Estado de São Paulo" discursou. Em meio a citações de trechos da Bíblia, ele pediu ajuda aos vereadores. "Eu peço aos políticos e aos vereadores para nos ajudarem. A cidade está muito sofrida. Vamos pensar no povo e não na gente". Foi tocado o hino de louvor Sabor de mel, da cantora gospel Damares, a pedido do vice. Du Cazallato agradeceu a confiança depositada nele o no sargento Camargo. "Paulínia inicia hoje nova fase na política, livre das oligarquias e sem acordos que buscam apenas interesses particulares", alfinetou. "Não fiz acordos, nem promessas. Não me corrompi. Por isso sou livre. Meu mandato é para a população", garantiu, sendo ovacionado.Ele afirmou que sabe que o mandato é curto e não fez promessas. "Não prometo resolver todos os problemas de uma vez, mas, em pouco tempo, a população vai perceber a diferença e vai ver que Paulínia tem jeito, garantiu.Du prometeu uma força tarefa na saúde. "Vamos fazer uma força tarefa, com advogados, para ver contratos e licitação. Em seis meses pretendemos zerar as filas de cirurgias e exames", disse. Ele ainda reclamou que não sabe quanto tem de dinheiro no caixa da Prefeitura. "Não nos mandaram durante a transição. Mandaram uma planilha com quase R$ 29 milhões, mas não era um extrato bancário", reclamou. O novo prefeito garantiu que já tem 16 secretários definidos e que ainda faltam cinco ou seis, mas não revelou quem são. Segundo ele, os anúncios serão feitos a partir da próxima semana. A ausência de Loira (DC), prefeito interino, na cerimônia de posse foi sentida. Ele concorreu contra Du nas eleições suplementares, no dia 1<SC210,186> de setembro, mas alcançou apenas o 4<SC210,186> lugar. Ele volta a ser presidente da Câmara na próxima segunda-feira. “Nunca tive problema com ele. Vou mandar projetos bons para a cidade, se ele não pautar, aí será um problema dele”, disparou Du. Entenda Paulínia tem um histórico de turbulência política, sendo essa a 13ª troca de prefeito desde 2013, período em que sete políticos se alternaram no poder. A convocação de nova eleição ocorreu após a cassação do prefeito Dixon Carvalho (PP) e do vice, Sandro Caprino (PRB), por abuso de poder econômico na eleição de 2016. Nove candidatos concorreram ao comando da cidade que tem o maior Produto Interno Bruto (PIB) por habitante do País. O novo prefeito tem 48 anos e é nascido em Paulínia. É casado, pai de dois filhos e empresário. É o primeiro de três irmãos de uma família tradicional de comerciantes paulinenses. Du Cazellato estava em seu segundo mandato como vereador. Presidiu a Câmara entre janeiro de 2017 e novembro de 2018. Atuou ainda como prefeito interino de Paulínia por cerca de 75 dias, entre novembro de 2018 e janeiro de 2019.