TRANSPORTE URBANO CAMPINAS

Catracas limitam acesso a Terminal Central de Campinas a partir deste sábado

Apenas passageiros de ônibus poderão entrar, mediante pagamento da tarifa

Thiago Rovêdo/ [email protected]
05/10/2022 às 08:54.
Atualizado em 05/10/2022 às 08:54
Na catraca, será debitado 80% do valor da tarifa, enquanto os 20% restantes serão pagos dentro do ônibus, por meio do Bilhete Único ou QR Code (Gustavo Tilio)

Na catraca, será debitado 80% do valor da tarifa, enquanto os 20% restantes serão pagos dentro do ônibus, por meio do Bilhete Único ou QR Code (Gustavo Tilio)

A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) restringirá o acesso ao Terminal Central — o mais importante do transporte coletivo de Campinas — a partir do próximo sábado. O acesso de passageiros passará a ser permitido mediante o pagamento prévio da tarifa de ônibus, pois as catracas eletrônicas instaladas pela Emdec nas entradas do terminal serão ativadas. A mudança vem sendo anunciada pelo Correio Popular desde maio e é a primeira vez que a Administração se pronuncia oficialmente sobre como será o funcionamento do novo sistema.

Em maio, foram instaladas quatro catracas nas entradas do Terminal Central pela Avenida Moraes Salles e Rua Álvares Machado, e outras quatro na ligação com a Estação Cultura. Depois, o mesmo sistema foi implantado no acesso pela Avenida Senador Saraiva. 

Com o funcionamento das catracas, um sistema diferenciado de pagamento da tarifa será implantado no Terminal Central. O objetivo é não prejudicar o sistema de integração do transporte coletivo. Os passageiros temiam que o tempo de 2 horas para uso de mais de um ônibus na integração fosse perdido com a eventual espera no terminal.

Por isso, nas novas catracas instaladas nas entradas do terminal, será debitado 80% do valor da tarifa no Bilhete Único ou QR Code. Os 20% restantes serão debitados quando o passageiro entrar pela porta dianteira do ônibus. Ou seja, o tempo permitido para integração começará a ser contador no acesso ao ônibus.

O usuário deverá ter créditos válidos no Bilhete Único para acessar o terminal, ou utilizar o QR Code. O valor da tarifa é de R$ 5,15 com o uso do Bilhete Único Comum e dá direito à utilização de até três ônibus no período de duas horas. Já o QR Code, em papel ou na tela do smartphone, tem custo de R$ 5,60 e não proporciona a integração. 

"A partir do pagamento embarcado, a Emdec mapeará as linhas utilizadas para posterior distribuição da remuneração entre as diversas operadoras que atuam no terminal. Também haverá uma reorganização do atendimento prestado pelas linhas nas plataformas do terminal", informou a Emdec por meio de nota oficial.

A recarga do Bilhete Único Comum ou aquisição do QR Code poderá ser feita em um terminal de autoatendimento (ATM) disponibilizado pela Transurc na entrada principal do Terminal Central, com pagamento pelo cartão de crédito ou débito. Também será possível adquirir créditos em dois novos pontos credenciados de recarga no entorno do terminal, próximo à área de comércio informal e da barbearia; ou nos diversos pontos da rede credenciada.

"Eu acho importante, porque traz mais segurança no local. Hoje, muitas pessoas andam de um lado para o outro no Terminal Central e não estão aqui necessariamente para andar de ônibus. Acredito que a instalação das catracas vai melhorar um pouco o fluxo aqui, sim", afirmou Gideão Gomes de Oliveira.

Para viabilizar o fluxo de pessoas que utilizam o comércio nos arredores do terminal, a Emdec construiu uma passarela de pedestres, que permite a passagem de pessoas provenientes da Avenida Moraes Sales e Rua Álvares Machado até as proximidades da Estação Cultura, e vice-versa. A travessia conta com piso tátil para acesso de pessoas com deficiência visual ou baixa visão. Os gradis que delimitam o espaço foram reformados, houve plantio de grama e revitalização do paisagismo. 

Para Ivanilde Pereira de Lima, a mudança poderia ter sido melhor informada. "A gente está sabendo hoje, porque tem jornal aqui, televisão e tudo mais. Mas acho que podiam ter avisado a gente antes para ninguém ser pego de surpresa, para não correr o risco de fazer as coisas de forma errada a partir de sábado", disse. 

Obras 

O fechamento definitivo do terminal foi antecedido por obras de infraestrutura realizadas pela Emdec. O meio-fio e o piso tátil das plataformas de embarque e desembarque receberam nova pintura. Os gradis que delimitam as plataformas foram reformados e pintados. 

A iluminação foi reforçada por refletores LED, mais econômicos e de maior durabilidade. Os bancos de concreto foram substituídos por bancos de madeira com encosto, proporcionando mais conforto na espera pelos ônibus. Os sanitários acessíveis receberam novos assentos. Nos banheiros de uso comum, houve a recuperação de portas e vasos sanitários, substituição de torneiras e lâmpadas.

Agora, serão quatro terminais "fechados" em Campinas. Nos terminais Barão Geraldo, Campo Grande e Ouro Verde, os usuários já pagam a tarifa na entrada, antes de acessar o espaço. Enquanto isso, nos Vida Nova, Padre Anchieta, Vila União, Metropolitano e Mercado, a passagem de ônibus continuará sendo cobrada diretamente em cada veículo - são os chamados terminais abertos.

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