A Catedral Metropolitana de Campinas será uma das maiores beneficiárias da transferência de seu potencial construtivo. Por estar inserida no Centro, onde o zoneamento permite construir até cinco vezes a área do terreno, a perspectiva é que consiga, com a venda, concluir o restauro do templo.A obra da segunda fase está orçada em R$ 7,1 milhões, mas a igreja conseguiu captar por enquanto apenas 20% do valor, com a doação de R$ 350 mil pelo Banco Itaú e mais R$ 1,1 milhão pelo Bradesco. Os recursos serão destinados à recuperação da fachada do templo, patrimônio histórico de Campinas. O coordenador do restauro, o arquiteto Ricardo Leite, disse ontem que a expectativa é de que o contrato com a empresa que fará a obra seja assinado na próxima semana e que os trabalhos possam começar em meados de novembro.Os bancos estão utilizando a lei de incentivos fiscais para repassar parte do imposto de renda devido à recuperação da Catedral — a lei exige que, para iniciar a obra, esteja depositado em conta específica pelo menos 20% do valor total. Embora esteja em constante campanha para arrecadar os recursos necessários, a possibilidade de vender o potencial construtivo traz novo alento. “Esperamos há anos por essa medida e achamos que esse sistema poderá dar grande benefício para a Catedral porque teremos uma moeda importante para vender no mercado”, disse.
