EPIDEMIA

Casos de dengue se igualam a 2012

As 932 ocorrências deste 1º trimestre quase alcançam as 981 registradas em todo o ano passado

18/04/2013 às 08:22.
Atualizado em 25/04/2022 às 19:52
Soldados do Exército ajudam nas ações antidengue em Campinas (Edu Fortes/5fev2013/AAN)

Soldados do Exército ajudam nas ações antidengue em Campinas (Edu Fortes/5fev2013/AAN)

Campinas registrou nos primeiros três meses deste ano quase a mesma quantidade de casos de dengue registrados em todo ano de 2012. Entre janeiro e março últimos foram computados 932 casos da doença, contra os 981 contabilizados em 2012. Para se ter uma ideia do avanço da epidemia de dengue no município, o número de casos em março mais que triplicou este ano. Em 2012 foram 152 casos, ante os 498 atuais no período.

A ocorrência das formas mais graves da doença também preocupa este ano. São seis casos de dengue hemorrágica, contra os sete registrados em todo ano passado. A coordenadora do Programa de Combate à Dengue de Campinas, Tessa Roesler, diz que já eram esperados o aumento dos casos da doença e de suas formas mais graves. “Nós já tínhamos indicadores que apontavam o risco de epidemia e o principal deles, o mais determinante, foi a introdução do sorotipo 4 no final do ano passado”, afirmou.

Ela conta que a estimativa da pasta é que 2013 finalize com um número que varia entre os 1, 4 mil e 3,1 mil. “Nossas projeções mostram que essa epidemia vem se comportando de forma parecida com a de 2002 (1.462 casos) e a de 2011 (3.178 casos). É um dado especulativo feito para organizar assistência”, completa Tessa.

A coordenadora conta que os resultados de Campinas são condizentes com o cenário nacional. “Há risco potencial de epidemia em todo Brasil porque quando se introduz sorotipo novo, significa que toda a população é suscetível”, afirma.

Tessa explica que, além das ações de controle do vetor, que visam eliminar criadouros do mosquito da dengue na cidade, a rede de Saúde está concentrando esforços para capacitar a rede pública e privada para oferecer boa assistência. “É imprescindível que a rede saiba diagnosticar com precisão e, com isso, evitar que os casos evoluam. É importante que a população saiba que dengue tem tratamento. Não tem medicamento que mate vírus, mas o tratamento é hidratação e isso evita o agravamento do quadro e a morte.”

Tessa explica que 80% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença, estão dentro das residências. “São objetos no quintal que acumulam água, como pneus, garrafas, calha entupida ou caixa d’água não vedada adequadamente. Se todo mundo cuidar do seu local de trabalho, casa, estudo, a gente consegue evitar os casos”, afirma.

Sintomas

A doença se manifesta por meio de febre e sintomas como mal-estar, dores no corpo e atrás dos olhos. Aos primeiros sinais, a pessoa deve procurar imediatamente uma unidade de saúde para o diagnóstico médico e para receber orientação, tratamento e acompanhamento.

O diagnóstico e tratamento precoce ajudam a evitar que a doença se agrave e possa provocar a morte.

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