Os casos de dengue chegaram aos 22.530 em Campinas neste ano, segundo novo balanço divulgado pela Secretaria de Saúde da cidade ontem
Os casos de dengue chegaram aos 22.530 em Campinas neste ano, segundo novo balanço divulgado pela Secretaria de Saúde da cidade ontem. Apesar de o número ser quatro vezes maior que a previsão inicial de 5 mil casos para o ano todo, indica uma freada no crescimento, já que apenas 626 novos casos foram registrados em junho. Os números registrados de 1º a 17 de junho mostram uma desaceleração da doença na cidade. Em junho, foram computados até agora 626 casos, contra 8.699 de maio, 9.011 de abril, 3.644 de março, 478 de fevereiro e 72 de janeiro. O número de junho corresponde a 7,2% dos registros de maio. Do começo de 2019 até agora foram confirmados 22.530 casos de dengue. A região mais afetada é a Noroeste, com 6.427 casos. A Sudoeste vem em segundo lugar, com 5.904, seguida pela Sul, com 5.280 confirmações. Neste mês, as secretarias de Saúde e Serviços Públicos fizeram uma força-tarefa na Região Noroeste. Entre os dias 10 e 15 de junho foram coletadas 21,4 toneladas de lixo e potenciais criadouros. A ação continua nesta semana. A partir de hoje, os trabalhos na Região Sul também serão intensificados. As equipes atuarão no Parque Oziel. “É importante que as pessoas recebam os agentes. A remoção do lixo e dos criadouros é fundamental”, disse a coordenadora da Vigilância de Agravos e Doenças do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Tessa Roesler. Duas equipes de caminhões cata-treco acompanham os agentes de saúde que fazem o trabalho de orientação casa a casa nos bairros. "A luta contra a dengue exige uma contrapartida de toda a sociedade. A Prefeitura mantém um programa de controle e prevenção da doença. Mas cada cidadão precisa fazer a sua parte de cuidados com os espaços, destinando corretamente os resíduos e evitando criadouros", informa a Prefeitura em nota. Mortes No início do mês, a Prefeitura confirmou a quarta morte provocada por dengue neste ano. A vítima era um homem de 55 anos, que morreu em abril e foi atendido pela rede pública. Ele era morador do Campo Grande, que fica justamente na região mais afetada. Além dele, neste ano, o município também computou a morte de um idoso de 92 anos e de um bebê de cinco meses, do sexo feminino (ambos moradores da Região Sul), além de uma estudante universitária de 19 anos, residente na Região Norte. Essa é terceira maior epidemia já registrada na cidade desde 1998, quando a Pasta começou a recolher os dados. Os números de 2019, por enquanto, só foram superados pelos anos de 2014, com 42,6 mil casos; e de 2015, com 65,2 mil registros da doença. No início do mês de maio, o Ministério da Saúde parou de fornecer o inseticida usado no processo de nebulização do mosquito da dengue. O produto é usado para eliminar o mosquito em sua fase adulta. Segundo o Governo Federal, há um desabastecimento momentâneo do produto em todo o território nacional, o que justifica a suspensão de sua distribuição. Sem o procedimento, a Secretaria de Saúde de Campinas ressaltou a necessidade da colaboração da população para eliminar qualquer recipiente capaz de acumular água e servir de criadouro para o Aedes Aegypti, como garrafas, latas e pneus. SAIBA MAIS Semana Nº de Casos Aumento Percentual 01 de abril 799 - 08 de abril 2.048 156,32% 15 de abril 3.578 74,70% 22 de abril 5.493 53,52% 29 de abril 7.971 45,11% 06 de maio 8.157 2,33% 13 de maio 11.305 38,59% 20 de maio 13.912 23,06% 27 de maio 16.400 18,2% 03 de junho 18.500 12% 17 de junho 22.530 21,78%