Caso Sanasa: acusados serão interrogados nesta segunda

Integrantes do primeiro escalão do governo Hélio de Oliveira Santos (PDT) depõem nesta segunda-feira (1) em audiência do Caso Sanasa marcada para as 13h30, na Cidade Judiciária.

Serão ouvidos a ex-primeira-dama Rosely Santos, o ex-diretor de Planejamento Ricardo Cândia, o ex-diretor técnico da Sanasa Aurélio Cance Júnior, o ex-secretário de Comunicação Francisco de Lagos, o ex-vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT) e o ex-diretor financeiro da Sanasa Marcelo Figueiredo.

Todos têm o direito de se manter calados. Demétrio e Cance Júnior são os únicos que com certeza irão falar, segundo seus advogados. Rosely é acusada pelo Ministério Público de chefiar o suposto esquema de corrupção. Não há informações sobre se ela irá depor. Em todas as audiências Rosely ficou calada. Seu advogado não foi encontrado neste domingo (31).

Essa pode ser a última audiência do Caso Sanasa antes da decisão do juiz Nelson Augusto Bernardes. Empresários e testemunhas já foram ouvidos durante o processo, que começou em maio de 2012.

Outro braço-direito de Hélio, o ex-secretário de Segurança Carlos Henrique Pinto, falou ao juiz e negou todas as acusações. Ele responde por formação de quadrilha. Enquanto vice de Hélio, Demétrio foi presidente da Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa) e é acusado por formação de quadrilha e corrupção.

Em depoimento ao MP, na época das investigações, os empresários da Global — que prestava serviços à Sanasa — chegaram a dizer que deram a Demétrio R$ 20 mil durante a campanha de 2008.

Mas ao juiz, Alfredo e Augusto Antunes, pai e filho, donos da Global, afirmaram ter pago propina apenas ao ex-presidente da Sanasa Luiz Augusto Castrillon de Aquino. “Ele tem o dever de falar.

A acusação contra ele é extremamente frágil, as inconsistências são gritantes”, disse seu advogado, Ralph Tórtima Stettinger. Hugo Leonardo, que defende Francisco de Lagos, disse que se manifesta apenas nos autos do processo.

Lagos é acusado por formação de quadrilha. Aurélio Cance Júnior é acusado por fraudes em licitação, corrupção passiva e formação de quadrilha. Seu advogado garantiu que ele irá depor.

A defesa de Cândia encaminhou ao juiz pedido para ter acesso às informações sobre um depósito de R$ 567 mil que teria sido feito por ele, conforme acusação, a uma empresa que tem como sócio Fauze Nassim Jorge, irmão de Rosely.

O advogado dele, Ralph Tórtima Stettinger Filho, disse que já pediu ao juiz acesso às informações bancárias, mas ele foi negado. “Um novo pedido foi feito e vamos decidir se Cândia vai falar.” Marcelo Figueiredo é acusado de formação de quadrilha e fraude em licitação. Seu advogado não foi encontrado.