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Casa de Saúde suspende atendimento no PS Adulto

De acordo com a direção do hospital, medida é provisória; instituição teria déficit mensal estimado em R$ 450 mil

Maria Teresa Costa
teresa@rac.com.br
08/06/2018 às 07:31.
Atualizado em 28/04/2022 às 12:06

Maior parte dos usuários tem convênio com a Unimed; operadora informa que possui 22 hospitais credenciados (Dominique Torquato/AAN)

A Casa de Saúde de Campinas vai suspender o atendimento no Pronto-Socorro Adulto a partir de amanhã. Em comunicado, a entidade informou que a suspensão é temporária e visa “promover a reestruturação de suas operações e instalações físicas, reabrindo o mais breve possível.” O presidente do hospital, Carlos Bertoni, não quis comentar o assunto. Ele afirmou apenas que não tinha nada para declarar, além do que foi publicado no comunicado. O atendimento de urgência e emergência infantil e ortopédico será mantido, informa a nota. Juntos, os prontos-socorros infantil, ortopédico e geral atendem cerca de 13 mil pacientes conveniados e particulares por mês. O PS Geral é responsável por cerca de 80% desse volume – os cerca de 350 adultos que procuram a unidade diariamente terão de buscar outros hospitais a partir amanhã. Unimed A maior parte dos pacientes atendimentos nesse PS tem convênio com a Unimed. A operadora de plano de saúde não prevê impacto no atendimento de seus conveniados. Informou que possui 22 hospitais credenciados em Campinas, a maioria com pronto-socorro instalado e ativo e com capacidade de absorver a demanda. Quatro desses hospitais estão na região central: Beneficência Portuguesa, Samaritano, Irmãos Penteado e Metropolitano. A diretoria da Casa de Saúde não comenta o assunto, mas fontes informaram que a suspensão no atendimento visa buscar formas para equacionar o déficit financeiro que a instituição enfrenta já há alguns anos. Um dos problemas estaria justamente no atendimento de urgência e emergência, cuja receita oriunda dos planos de saúde e de pacientes particulares não consegue cobrir os custos, o que gera déficit mensal de cerca de R$ 450 mil. A instituição tenta vender um prédio de oito andares, construído ao lado do hospital, para poder enfrentar a situação. A reportagem apurou que há negociações em andamento com a Unimed e com o Hospital Vera Cruz.

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