inauguração

Casa amplia serviço a morador de rua

A 1ª foi inaugurada em 2013. Ao todo, são oferecidas 25 novas vagas na Vila Teixeira. Os cidadãos podem permanecer por no máximo de seis meses

Daniel de Camargo
24/10/2019 às 07:52.
Atualizado em 30/03/2022 às 14:14

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), entregou ontem a segunda unidade da Casa de Passagem, um sistema de abrigo provisório para homens e mulheres em situação de rua. A primeira foi inaugurada em 2013, no Jardim Guanabara. Ao todo, são oferecidas 25 novas vagas na Vila Teixeira. Os cidadãos podem permanecer por no máximo de seis meses, período em que poderão retornar para suas famílias, arrumar emprego ou até conquistar a própria moradia. Na última contagem, em 2016, foram contabilizadas 623 pessoas em situação de rua na cidade. Cerca de 15% são mulheres e 85%, homens.  "A expectativa sempre é de reinserir a pessoa no contexto familiar. Essa é uma problemática mundial. Cada pessoa que está na rua tem uma história. O nosso trabalho é tentar ajudar", comentou o chefe do Executivo. A casa tem quatro quartos, quatro banheiros, sala, refeitório, sala de jogos, sala profissionalizante, biblioteca com computadores e quintal com piscina. A infraestrutura da Casa Efraim está em funcionamento desde segunda-feira. Um dos primeiros atendidos foi Fábio Bastos, de 37 anos, que passou os últimos dois anos e nove meses na rua. No período, relata, utilizava os banheiros da Prefeitura e se alimentava mediante doação de alimentos. A vida começou a degringolar, recorda, em 2007, quando se casou e logo em seguida ficou desempregado. Sem conseguir arcar com as despesas, entre elas, o tratamento de um câncer da mãe, acabou nas ruas centrais de Campinas. Com o suporte recebido, no momento, sonha em conseguir trabalho para se restabelecer. Bastos contextualizou que o morador de rua se transforma em um “fantasma” para a sociedade em geral. O serviço é executado pela entidade socioassistencial União de Amor, Ajuda e Salvação em Cristo (Uniasec), por meio de um termo de colaboração e financiamento da Secretaria de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Responsável pela pasta, a secretária Eliane Jocelaine Pereira salientou que o trabalho realizado junto à população de rua é muito complexo. "Exige esforço e comprometimento", frisou. "Essa Casa de Passagem vem se integrar aos serviços que já oferecemos na rede. Atualmente, temos todas as modalidades de serviços para atender às pessoas em situação de rua. Embora a situação seja complexa, o elemento humanitário nunca pode ser esquecido”, disse. De acordo com Jocelaine, entre 2013 e 2019, a Administração investiu cerca de R$ 9 milhões na implantação, ampliação e qualificação de serviços voltados ao atendimento à população em situação de rua. Para a segunda Casa de Passagem, foi destinado aproximadamente R$ 1 milhão, elevando o valor. As pessoas só podem ser encaminhadas à Casa de Passagem pelos serviços da rede socioassistencial.

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