NESTE DOMINGO

Campineiro volta às ruas contra Dilma e corrupção

Presidente pediu plantão dos ministros mais próximos a ela para avaliar o impacto das mobilizações, que devem ocorrer nas principais cidades do País

Milene Moreto
milene@rac.com.br
14/03/2015 às 21:30.
Atualizado em 23/04/2022 às 17:58

Lucas Trevizan com seu cartaz para a manifestação ( Janaína Maciel/Especial a AAN )

O Centro de Campinas voltará a ser palco de manifestações neste domingo (15). Insatisfeitos com as políticas adotadas pelo governo federal, pelas denúncias de corrupção e os que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff prometem tomar a Avenida Francisco Glicério.   Dois protestos foram agendados na cidade. As principais lideranças dos partidos de oposição confirmaram presença. Nas redes sociais o movimento tem mais de 32 mil adeptos.   Dilma pediu plantão dos ministros mais próximos a ela para avaliar o impacto das mobilizações, que devem ocorrer nas principais cidades do País. O movimento pelo impeachment da presidente Dilma teve início assim que a petista conseguiu se reeleger, em outubro do ano passado.   Alguns protestos já ocorreram, mas foram isolados e sem força. Até mesmo a manifestação de hoje era vista de forma muito tranquila pelo governo federal.     Mas no último domingo, após o “panelaço” registrado em várias cidades, num movimento que surgiu pela internet para mostrar a insatisfação com o governo em meio ao pronunciamento da petista, a situação passou a preocupar núcleo mais próximo da presidente. Dilma também foi vaiada na semana passada durante evento em São Paulo. O apoio das principais lideranças políticas da oposição veio após o panelaço. Antes disso, partidos como o PSDB, DEM, PPS e Solidariedade falavam apenas da insatisfação da população, das denúncias da Petrobras, mas não confirmavam presença nas manifestações e evitavam tratar do impeachment. O impeachment ainda não é bandeira comum entre o grupo da oposição. Apenas o Solidariedade declarou abertamente que defende que a petista saia do comando do País, e seus integrantes disseram que buscarão ferramentas e consultas públicas para isso.   Entre as legendas que se declaram independentes, ou seja, até agora não decidiram se vão integrar a base governista, existe o apoio pela manifestação contra as políticas do governo, mas não pelo impeachment. ManifestaçõesEm Campinas, dois movimentos surgiram nas redes sociais e com motivações distintas. Um deles, com 26,1 mil pessoas confirmadas, foi marcado para as 13h, em frente à Catedral Metropolitana.   Na justificativa do protesto, os organizadores afirmam que vão pedir o impeachment da petista como fizeram em 1992 com então presidente Fernando Collor de Melo.   “Não pagaremos R$ 4,00 no litro da gasolina porque roubaram a Petrobras e não aceitaremos o aumento dos impostos como IOF, ICMS, IPTU e IPVA”, colocam na mensagem. No outro movimento chamado de “Vem pra Rua Campinas” com 6,4 mil confirmados, o protesto foi marcado para as 9h30, no Largo do Rosário. O grupo, no entanto, não defende a saída da presidente. Os manifestantes desse bloco alegam que a manifestação é espontânea, suprapartidária, democrática e que pretende que os brasileiros indignados com a classe política saiam às ruas para “resgatar a esperança sequestrada pela corrupção, exigindo eficiência, transparência no gasto público, redução da carga tributária e da burocracia.” As lideranças políticas estão divididas sobre os protestos. Grupos tucanos confirmaram presença no primeiro evento que é, inclusive, apoiado pela juventude do PSDB. Outros políticos confirmaram participação na manifestação marcada para as 13h. Um dos principais nomes da oposição no Congresso, o líder do PSDB na Câmara, deputado federal Carlos Sampaio, deverá participar do ato hoje em Campinas. Ele defendeu os protestos nas redes sociais.   “A Dilma achou que falar à Nação bastaria para acabar com a indignação dos brasileiros, mas estava muito enganada! O Brasil respondeu com buzinaço e panelaço. Dia 15 tomaremos as ruas de todo o País para darmos um basta a esse governo corrupto e incompetente!”, afirmou o parlamentar. DireitoO presidente do PT em Campinas, Casemiro Reis, afirmou que a manifestação é um direito democrático de qualquer grupo, mas que os petistas não reconhecem o pedido de impeachment. Reis também disse que a orientação para os filiados é para que eles não caiam em provações e não saiam às ruas em busca de polêmicas hoje.   “Todas as pessoas têm o direito de se manifestar. O que não é válido é comparar Dilma com Collor. Nós teremos um domingo normal, de reuniões nos bairros, com os núcleos de base. Uma coisa é lutar por políticas fiscais mais justas, tomar avenidas e pressionar o governo. Uma outra muito diferente é a tentativa de golpe”, disse o presidente.   Reis afirmou que o partido prepara uma manifestação para o dia 31 intitulada “Golpe Nunca Mais”. A legenda defende que a presidente faça mudanças nas políticas econômicas, nas correções da tabela do imposto de renda e coloque em prática a taxação das grandes fortunas, mas que isso seja feito de uma forma democrática.   “A pressão popular pode fazer com que a presidente se afaste do atual plano de ajuste fiscal ou que faça isso com ajuste social, ou seja, com benefícios para quem tem rendimentos menores”, disse o presidente do PT. Os petistas avaliam essa semana se o protesto organizado para o final de março será apenas nas capitais ou terá ações descentralizadas. Campinas9h30, no Largo do Rosário, e às 13h, na Catedral Metropolitana de CampinasIndaiatuba10h, com concentração no Parque Ecológico, Avenida Presidente Kennedy Vinhedo15h, no Portal da Cidade, Rua Manoel Mateus Americana16h, na Praça do TrabalhadorSanta Bárbara d’Oeste16h, na Prefeitura de Santa Bárbara, Rua do Vidro   Jaguariúna10h, na Estação de Trem de Jaguariúna Veja também Grupos de manifestantes recebem até R$ 50 em atos no RJ e SP Ato pró-Dilma organizado por integrantes de movimentos sindicais grupos ligados ao PT realizado na Avenida Paulista contou com a distribuição do "kit protesto" oferecido por integrantes da CUT e do MST Marina critica gestão de Dilma, mas é contra o impeachment A ex-senadora entende que o respeito à democracia ensina a se dar um prazo inicial a todo governo eleito para que se diga a que veio Sindicalistas fazem ato na Paulista e em diversas capitais Os atos ocorrem em resposta às manifestações antigoverno marcadas para este fim de semana em pelo menos 52 cidades do País Artistas gravam vídeos defendendo protestos Movimento Vem Pra Rua divulgou vídeos no Facebook defendendo os protestos de domingo (15); maioria usou a palavra "basta" e fala contra a corrupção na política e a falta de serviços públicos de qualidade Pronunciamento de domingo custou R$ 99,7 mil "Os Custos estão dentro dos parâmetros necessários para garantir qualidade e segurança dessa produção, cercada de cuidados específicos (...)", justificou a Secom Um dia após panelaço, Lula recebe Rossetto e Stédile Lideranças demonstraram preocupação com a atual crise política que o País atravessa e não pouparam de críticas este início de segundo mandato de Dilma Veja como foi o 'panelaço' ao redor do Brasil Tuíte #VaiaDilma atinge o 1º lugar durante panelaço Antes do início da fala da presidente, a hashtag representada por manifestantes teve 47 mil tuítes contra 41 mil da hashtag criada e expandida pelo perfil oficial da presidente Campinas adere ao 'panelaço' durante pronunciamento de Dilma Em bairros como Cambuí, Guanabara e Botafogo, moradores foram as janelas de seus apartamentos com panelas e cornetas em punho e fizeram muito barulho

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