As sucessivas altas do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em Campinas levaram cerca de 60 pessoas a se manifestarem em frente à Prefeitura
As sucessivas altas do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em Campinas levaram cerca de 60 pessoas a se manifestarem em frente à Prefeitura (Paço Municipal) e também na Câmara de Vereadores (Avenida da Saudade), na tarde de ontem. O ato é liderado pelo Movimento IPTU Justo Campinas. Um projeto de lei em tramitação no Legislativo campineiro propõe a revogação do aumento de 10% do imposto previsto para 2020. Entidades como Associação Regional da Habitação (Habicamp) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) também estiveram representadas. Durante o protesto, os manifestantes utilizaram camisetas brancas com frases como “IPTU abusivo é menos segurança”, “menos otimismo”, “menos turismo” e “menos valorização”. Um dos idealizadores do ato, o empresário Luiz Piccoloto Neto afirmou que o IPTU em Campinas tem se tornado “impagável”. “Nossa economia vive uma recessão há anos e não tem condição que Campinas enfrente um aumento desses. Um IPTU abusivo desses puxa o freio de mão da economia, e isso é inadmissível num momento desses”. O estudante Lucas Trevizan, de 26 anos, também reclamou. “As ruas esburacadas e a saúde e transporte público colapsados dessa cidade não refletem o IPTU caro que pagamos. Em reunião na sede da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) no início de janeiro, o Movimento IPTU Justo Campinas chegou a propor um boicote ao pagamento do imposto neste ano. Ontem, o grupo recuou da ideia, mas prometeu seguir cobrando uma postura da Prefeitura. Neste ano, a Prefeitura de Campinas estima arrecadar R$ 731,9 milhões com o IPTU. A alta do imposto em 2019 pode variar de 4% a 14,4%. Em nota, a Prefeitura informou que a atualização da Planta Genérica de Valores (PGV) é uma necessidade, prevista no Estatuto das Cidades. “O maior exemplo é que 100 mil famílias de baixa renda estão isentas do pagamento do IPTU em 2019. Outros 108 mil contribuintes tiveram redução do imposto, se comparado com 2017. Outro indicativo é que o número de pedidos de revisão ou impugnação dos valores do imposto vem diminuindo”, aponta o texto.