Em comemoração aos 196 anos da Independência do Brasil, cerca de 20 mil pessoas se aglomeraram na manhã desta sexta-feira (7)
Desfile cívico-militar em comemoração aos 196 anos da Independência do Brasil, iniciado pontualmente às 8h, reuniu cerca de 20 mil pessoas nas calçadas da Avenida Francisco Glicério (Thomaz Marostegan/Especial para a AAN)
Em comemoração aos 196 anos da Independência do Brasil, cerca de 20 mil pessoas se aglomeraram na manhã desta sexta-feira (7) na Avenida Francisco Glicério, em Campinas, para prestigiar o desfile cívico-militar de 7 de Setembro, iniciado pontualmente às 8h. O tempo colaborou e muitas famílias acompanharam a solenidade. Faltando um mês para as eleições, dezenas de militantes se infiltraram no meio da multidão, e bandeiras de candidatos sobressaíram em meio às poucas bandeiras do Brasil vistas no desfile. Um pequeno grupo ainda estendeu faixas pedindo a intervenção militar. O primeiro ato foi o hasteamento das bandeiras do Brasil, Estado de São Paulo e Campinas pelo prefeito Jonas Donizette (PSB) e autoridades militares, com participação da banda de música da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx). Um pouco antes do início do desfile, o chefe do Executivo embarcou em um carro do Exército para passar em revista |à tropa militar. Em seguida aconteceu o desfile militar, com a apresentação do Exército, Escola de Cadetes, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e a Guarda Municipal. Os militares levaram para a via 48 viaturas, como veículos blindados, ambulâncias e caminhões. Depois entraram na avenida as escolas estaduais, particulares e entidades. Ao todo foram 29 instituições. Até um grupo de pessoas fantasiadas como os personagens do filme Star Wars desfilou na Glicério. A parada ainda teve representantes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Samu, Sanasa, Emdec e Setec. O término do evento ocorreu com o Grito dos Excluídos, ligado à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “O Brasil passa por momentos difíceis, precisa se tornar um País mais justo. Mas é importante ter datas como essas para comemorar e também ter a consciência de construir uma Nação melhor. Vimos aqui desde crianças de 2 anos até senhores de quase 100 desfilando na avenida", exaltou o prefeito campineiro, que assistiu ao desfile ao lado do vice-prefeito Henrique Magalhães Teixeira (PSDB). Autoridades militares e da área de segurança também acompanharam o ato, como Luis Claudio de Mattos Basto (general de Brigada), coronel José Augusto Bognoni Los Reis (chefe do Estado Maior), coronel Marcus Alexandre Fernandes de Araújo (comandante da Escola de Cadetes), coronel PM José Ricardo Trevisan Arantes (comandante do CPI-2). Tenente-coronel PM Wilson Lago Filho (Comandante do 7º Grupamento de Bombeiros) e Marcio Frizzarin (comandante da Guarda Municipal de Campinas). “O dia 7 de Setembro é um momento em que o brasileiro é mais brasileiro. É um momento para homenagear nossa Pátria. Temos que manter essa tradição sempre. Não é só no futebol que a gente canta o hino”, afirmou o general de Brigada Luis Claudio de Mattos Basto. O Desfile da Independência do Brasil provocou bloqueios de trânsito na Avenida Francisco Glicério e nas imediações, entre 5h e 13h. Tumulto No fim do ato, durante o Grito dos Excluídos, um grupo de motociclistas entrou em confronto com manifestantes. Segundo a Guarda Municipal, a confusão começou porque os manifestantes fecharam a avenida na altura da Rua Conceição, impedindo a passagem dos motociclistas. A GM precisou intervir e fez um bloqueio para impedir o avanço dos pedestres e liberar a passagem dos motociclistas. Prefeito Jonas Donizette condena ataque a deputado Após o encerramento do Desfile da Independência do Brasil, o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), comentou sobre o ataque ao candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), ocorrido no dia anterior. Para Jonas, o ato de violência a um político não deve ser encarado como normal e necessita de uma punição severa. “O Brasil não tem uma tradição nesse tipo de acontecimento. Estamos diante de um fato que não é corriqueiro e precisa ser condenado. O debate das ideias e as diferenças de pensamentos são uma coisa, agora atentar contra a vida de uma pessoa exige rigor”, afirmou o prefeito, que desejou uma rápida recuperação a Bolsonaro, que foi transferido ontem ao Hospital Albert Einstein, em São Paulo. “Tem muitas notícias desencontradas ainda. Ora é uma situação fora de perigo, e ora algo mais grave. De qualquer forma, esperamos a recuperação do deputado Jair Bolsonaro. É importante que esse tipo de coisa não se repita, e que no dia 7 de outubro cada um com a sua ideia e pensamento tome a sua decisão para escolher não só o futuro presidente, como os outros cargos em disputa”, finalizou Jonas. Milhares acompanharam desfile na Esplanada Um público estimado em 30 mil pessoas acompanhou o desfile do 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Desse total, de acordo com a Polícia Militar, 25 mil ocupam as arquibancadas instaladas no local e outras 5 mil pessoas estão espalhadas pelos arredores. O desfile cívico-militar começou às 9h, logo após a chegada do presidente Michel Temer, que veio acompanhado da primeira-dama Marcela Temer e do filho Michelzinho. Temer foi recebido pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e pelo ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna. Em seguida, Temer recebeu as honras militares da Guarda Presidencial. Também estavam na tribuna presidencial para acompanhar o desfile os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Raul Jungmann (Segurança Pública), Eduardo Guardia (Fazenda), Esteves Colnago (Planejamento), Sérgio Sá Leitão (Cultura), Torquato Jardim (Justiça), Gilberto Ochi (Saúde), Carlos Marun (Secretaria Geral), Alberto Beltrame (Desenvolvimento Social) e Wagner de Campos Rosário (Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União). Diferentemente de edições anteriores, não compareceram ao desfile deste ano os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira. Também não foi registrada a presença de autoridades do Poder Judiciário. Em 2018, o desfile contou com a participação de cerca de 4,5 mil pessoas e teve como tema a mensagem: “Celebre a história da nossa independência”, que incluiu homenagens a nomes importantes da história do País, como Dom Pedro I, José Bonifácio, Maria Quitéria, Tiradentes, Santos Dumont, entre outros. De acordo com o cerimonial da Presidência da República, o evento ainda marcou o início da contagem regressiva para o bicentenário da Independência do Brasil, a ser celebrado em 2022. A apresentação durou cerca de duas horas.