POLÊMICA

Campineira processa DJ por perfil "fake"

Álvaro Oliveira Rodrigues, autor da página Irmã Zuleide, é detido em Santos

Fabiana Marchezi
30/01/2013 às 12:12.
Atualizado em 26/04/2022 às 06:26
Reprodução da página do perfil no Facebook: 2,1 milhões de seguidores (Reprodução/RAC)

Reprodução da página do perfil no Facebook: 2,1 milhões de seguidores (Reprodução/RAC)

A polícia de Santos, no Litoral Sul de São Paulo, prendeu no último domingo o DJ Álvaro Oliveira Rodrigues, de 30 anos, criador do famoso perfil Irmã Zuleide nas redes sociais. Rodrigues prestou depoimento, assinou um termo circunstanciado e foi liberado em seguida, mas responderá por constrangimento, injúria e difamação, uma vez que a imagem usada por ele no perfil é de uma professora de Campinas, que alega sofrer vários transtornos com a situação.

Segundo o depoimento do DJ, o perfil “fake” da Irmã Zuleide começou como uma brincadeira no Twitter, mas teve tanta repercussão que ele decidiu abri-lo também no Facebook, onde adquiriu 2,1 milhões de seguidores. Nele, Rodrigues utiliza um tom cômico para tratar assuntos do cotidiano, principalmente satirizando igrejas evangélicas.

A polícia começou a investigar o DJ em setembro de 2011, quando a professora foi alertada por uma colega da escola sobre o uso de sua imagem na internet. Assim que soube da situação, a vítima registrou um boletim de ocorrência (BO) em uma delegacia de Campinas e mandou algumas fotos com o objetivo de remover todo o conteúdo da internet. No BO, a professora informou que o constrangimento causado pelo perfil fez com que ela virasse motivo de chacota.

Após mais de um ano de investigação, o advogado da vítima descobriu que o DJ, que é do Rio Grande do Norte, faria um show em uma casa noturna no Centro de Santos. Com isso, a docente foi até a Baixada Santista, acompanhada do advogado, e procurou o 1ºDistrito Policial da cidade, que começou a investigar o caso.

Segundo a polícia, quando os policiais entraram na boate, Rodrigues não estava caracterizado como Irmã Zuleide, mas foi encontrado e detido. Procurada, a professora não quis comentar o assunto. O advogado dela não retornou aos telefonemas da reportagem até o fechamento desta edição.

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