Campinas vai ampliar a aplicação de testes rápidos de coronavírus em pessoas que não apresentam sintomas da Covid-19
Campinas vai ampliar a aplicação de testes rápidos de coronavírus em pessoas que não apresentam sintomas da Covid-19, mesmo após expostas a pacientes com a doença. O secretário de Saúde, Carmino de Souza, informou que aguarda a orientação do Governo do Estado aos municípios sobre data e procedimentos a serem adotados para a tarefa. O governador anunciou, na quinta-feira, que o plano é ampliar a testagem a partir de 15 de maio. A ampliação da testagem da população é estratégia que será adotada para ter melhor dimensão da curva de infecção em todo o Estado e subsidiar as tomadas de decisões no enfrentamento da pandemia. De acordo com o secretário, hoje a situação em Campinas está bastante melhor na disponibilidade de testes. "Temos cerca de 10 mil testes rápidos com programação de novas entregas e PCRs com entrega de resultados em até 48h. Como tudo, vamos administrando no dia-a-dia", afirmou. O plano do governo do Estado é aplicar o teste rápido de Igm/Igg, que identifica em aproximadamente 15 minutos a presença de anticorpos do coronavírus no sangue em pessoas que permaneceram assintomáticas por mais de 14 dias após contato com pacientes de Covi-19. Para pessoas sem sintomas será feito o exame do tipo RT-PCR, que identifica o material genético (RNA) do vírus. Esse tipo de exame já está sendo realizado na rede pública de São Paulo desde o início de março, com prioridade para mortes suspeitas, pacientes com síndromes respiratórias graves e profissionais da saúde. De acordo com o Estado, o teste rápido também será realizado em profissionais da saúde e da segurança pública; internos da Fundação Casa e detentos do sistema prisional; doadores de sangue; pessoas que vivem em asilos, casas de repouso, orfanatos e comunidades terapêuticas. A testagem rápida também será indicada para pessoas que manifestaram sinais leves da doença após 14 dias do fim dos sintomas. Para pacientes com os sintomas, mesmo leves, será indicado o exame de RT-PCR. Segundo o governo, cerca de um milhão de exames serão usados na primeira fase. Do total, 500 mil foram comprados por R$ 30 milhões pelo Instituto Butantan, que coordena a Plataforma de Laboratórios para Diagnóstico de Coronavírus no Estado. Os demais kits foram fornecidos pelo Ministério da Saúde e já estão em fase de envio aos municípios — a aplicação dos testes e envio das amostras para as análises fica a cargo das prefeituras. O Estado tem hoje 42 laboratórios habilitados e capacidade para fazer até cinco mil exames por dia e, a partir deste mês, a capacidade será de até oito mil processamentos de amostras diárias. São Paulo terá capacidade de realizar cerca de 27 mil exames de PCR por milhão de habitantes, número superior ao de países como EUA, França e Reino Unido.