Campinas confirmou ontem mais duas mortes, elevando para 10 os óbitos na cidade em decorrência de infecção por coronavírus
Campinas confirmou ontem mais duas mortes, elevando para 10 os óbitos na cidade em decorrência de infecção por coronavírus. Trata-se de um homem de 84 anos, que morreu no domingo em um hospital da rede privada e que tinha doenças prévias, e uma mulher, de 74 anos, que faleceu na segunda-feira, também em hospital privado e que tinha boa saúde. Campinas tem ainda 34 mortes em investigação. A cidade chegou a 199 casos confirmados de Covid-19 ontem, 22 a mais do que os divulgados no domingo. Desse total, informou ontem o prefeito Jonas Donizette (PSB), 104 já se recuperaram, 21 seguem internados e o restante está em isolamento domiciliar. O prefeito avaliou que o previsto pelo governo do Estado, de que iniciaria uma aceleração no número de casos confirmados, está ocorrendo. No início de casos confirmados em Campinas, havia mais concentração nas regiões central, incluindo Cambui, especialmente porque os resultados dos exames vinham de hospitais privados e laboratórios particulares. Porém, com a liberação de resultados pelo Instituto Adolfo Lutz, as confirmações passaram a ser registradas em praticamente todas as regiões. A ocupação de leitos de UTI atual está abaixo do registrado antes do início da epidemia, que era sempre próxima a 80% nos 20 hospitais da cidade. Desde 30 de março, quando teve início o isolamento social e a suspensão das chamadas cirurgias eletivas, a taxa de ocupação tem ficado entre 50% e 60%. “Isso é importante para evitar o que está ocorrendo em Manaus, São Paulo, com o colapso do sistema de Saúde. Em termos de leitos de UTI nossa situação é mais confortável, graças ao isolamento social”, disse o prefeito. Transferências Em ofício enviado ao secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann Ferreira, o prefeito Jonas Donizette (PSB) pediu ontem que evite enviar pacientes de São Paulo para serem atendidos em Campinas, porque a cidade se preparou atender seus moradores e também a região, e não suportará demanda como de São Paulo, que é dez vezes maior. Ontem, no Ambulatório Médico de Especialidades (AME), três pacientes de São Paulo estavam internados na unidade. Os leitos do AME e também os da Unicamp são regulados pelo Estado, que define para onde os pacientes serão encaminhados. “O ideal seria que cada região metropolitana cuidasse dos seus doentes, porque não teremos força para suportar o atendimento da Grande São Paulo”, disse o prefeito. Para Jonas, seria necessário que a Região Metropolitana de Campinas fizesse sua própria regulação, para poder distribuir os leitos de acordo com as necessidades regionais. A regulação de Campinas foi aprovada, mas precisa ser mais detalhada com a Secretaria de Saúde do Estado. Para o prefeito, é essencial que o Estado evite enviar pacientes para Campinas, porque há o risco de o Município perder o controle para atender sua própria população. “Isso ocorreu durante a vacinação contra a febre amarela, quando muitas pessoas da região vieram para cá e acabei sendo obrigado a exigir atestado de residência das pessoas, para garantir vacinação de nossa população”, disse. Sumaré anuncia primeira morte por coronavírus As vinte 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) contabilizavam até o final da tarde de ontem ao menos 400 casos confirmados de Covid-19. Sumaré anunciou a primeira morte pela doença — uma mulher de 66 anos que possuía comorbidades. O coronavírus atinge 18 dos 20 municípios da região. Ontem, Valinhos, Vinhedo, Jaguariúna, Engenheiro Coelho, Americana, Indaiatuba e Morungaba apresentaram novos registros. Em Valinhos, dois novos casos foram computados nos bairros Parque Portugal e Vila Pagano. Em Vinhedo, dois moradores foram infectados, o que eleva o total para 16. Já em Indaiatuba foram mais quatro casos (são 16 aotodo). Morungaba, por sua vez, teve mais um caso positivo e totaliza cinco. Já Engenheiro Coelho e Jaguariúna confirmaram o 3° e o 6° positivo, respectivamente. Até o fechamento desta edição, 11 das 20 prefeituras não haviam divulgado a atualização de números. (Henrique Hein/AAN)