(Matheus Roushinol)
Com atletas de 12 países, o ECP Squash Open 2025 encerrou uma edição histórica no Esporte Clube Pinheiros em São Paulo.
Um dos momentos mais emocionantes do evento foi a homenagem prestada a Carlos Salem, fundador da Federação Paulista, da Confederação Sul-Americana e da Confederação Brasileira de Squash. Salem foi reconhecido por seu pioneirismo e por ter construído a primeira quadra de squash no país, além de organizar os primeiros campeonatos paulistas e brasileiros da modalidade. A homenagem foi conduzida por Walter Karl e por André Fiore, presidente do Esporte Clube Pinheiros.
“O início do Movimento de Squash pelos Brasileiros começou em Campinas, na fazenda Ramalhete” informou Carlos Eduardo.
“Fui a Londres a negócios e voltei com a planta original de uma quadra de squash. Mandei construir em minha Propriedade em Campinas, a Fazenda Ramalhete, e essa foi a primeira quadra no Brasil. Em seguida fundei a Federação Paulista de Squash. Éramos três clubes: O Ramalhete em Campinas, o Clube Matarazzo em São Paulo e o Helvétia Polo Clube em Indaiatuba” relembra Salem.
O evento, que ocorreu entre os dias 5 e 10 de maio, reuniu os principais nomes do squash profissional e amador em um evento que consolidou São Paulo como referência internacional da modalidade.
Ao todo, 200 atletas participaram da competição, sendo 45 profissionais de 12 países diferentes, além de 150 amadores disputando uma etapa do circuito paulista FPS Tour.
Integrando o calendário oficial do PSA Challenger Tour, o torneio mais uma vez teve todas as suas vagas esgotadas com antecedência, confirmando o crescente interesse pelo esporte. “Tivemos mais de 40 atletas na fila de espera. É um reflexo direto da força do squash no Brasil e da credibilidade do evento”, destacou Vinicius Berbel, atleta e secretário executivo da Federação Paulista de Squash.
O alto nível técnico marcou a semana de competições. No masculino, o destaque foi para o paraguaio Francesco Marcantonio, que conquistou o bicampeonato ao vencer Rhys Evans, do País de Gales, por 3 a 1 na final. Entre as mulheres, a francesa Lauren Baltayan, campeã europeia juvenil e terceira colocada no mundial, confirmou seu favoritismo e venceu Laura Tovar, da Colômbia, também por 3 a 1.
Com entrada gratuita e transmissão ao vivo pelo canal Na Lata Squash no YouTube, o torneio atraiu público expressivo durante toda a semana, chegando a reunir cerca de 1.000 pessoas no sábado, dia da grande final. Atletas do Brasil, Colômbia, Paraguai, País de Gales, México, Equador, Alemanha, Guiana, Bélgica, Bahrein, França e Egito estiveram presentes, representando uma diversidade de gerações — com idades entre 15 e 48 anos — e reforçando a vocação global do esporte.
“Mais do que um campeonato, o Squash Open é uma celebração da diversidade e do talento que fazem o squash crescer no Brasil e no mundo. Ver tantos países reunidos aqui mostra o poder de conexão que o esporte tem”, afirmou Walter Karl, presidente da Federação Paulista de Squash.
A estrutura de excelência valorizou o Brasil e colocou o campeonato como um dos eventos mais importantes do calendário esportivo nacional e internacional.
Siga o perfil do Correio Popular no Instagram