CAMPANHA

Campinas terá mutirão da saúde renal

Série de ações na próxima quinta, Dia Mundial do Rim, vai orientar população sobre doença crônica

Inaê Miranda
09/03/2014 às 14:14.
Atualizado em 24/04/2022 às 15:06

Em comemoração ao Dia Mundial do Rim, celebrado no dia 13 de março em mais de 110 países, e diante da pandemia da Doença Renal Crônica (DRC), a população de Campinas vai receber na próxima quinta-feira ações gratuitas de prevenção das doenças renais. Serão realizadas avaliações médicas e exames de rastreamento para diagnóstico precoce dos fatores de risco. O evento será promovido pelas sociedades Internacional e Brasileira de Nefrologia em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, Instituto do Rim e Hipertensão de Campinas, Clínica Humanitas e a Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC).A população terá acesso de graça a avaliação de qualidade de vida, aferição da pressão arterial, avaliação da obesidade, exame para diabetes (glicemia), coleta de sangue para exame de creatinina e exame de urina tipo um. Os exames serão realizados na quinta-feira (dia 13) no período da manhã no Largo do Rosário e, à tarde, na sede da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas, na rua Delfino Cintra. Os resultados serão apresentados na hora por especialistas. Segundo o diretor do Instituto do Rim e coordenador da campanha, José Marcelo Morelli, o paciente que precisar já vai sair do local com encaminhamento para tratamento especializado na rede de saúde de Campinas.Desde o início da campanha na cidade, em 2007, mais de 2 mil pessoas já foram atendidas. O tema da campanha este ano é “1 em 10. O Rim envelhece assim como nós”, cuja ideia central é chamar a atenção para a alta prevalência da doença, que pode chegar a 10% da população, especialmente entre os idosos — o risco de desenvolvimento da doença aumenta com o envelhecimento. Mas o médico ressalta que qualquer pessoa interessada poderá realizar os exames, especialmente se possui alguém na família com doença renal crônica, se já teve qualquer doença do rim, sofre de hipertensão, diabetes, obesidade ou, ainda, é tabagista.PrevençãoMorelli alerta para a importância do diagnóstico precoce da doença renal crônica, que atinge cerca de 100 mil brasileiros atualmente — desse total, aproximadamente 30% têm mais de 65 anos. “É uma doença silenciosa e que não apresenta sinais e sintomas no começo. Quando a pessoa começa a ter sinais já perdeu 50% do funcionamento dos rins”, afirma. Se não tratada, a doença renal pode matar por complicações renocardiovasculares. “Preocupados com pandemia do mundo todo, a Sociedade Internacional e Brasileira de Nefrologia, desde 2003, vem promovendo campanhas no sentido de alertar população, a comunidade médica e autoridades públicas para prevenir o desfecho pior, que são as mortes prematuras por complicações renais e cardiovasculares.”Os principais sinais e sintomas da doença renal crônica são pressão alta, inchaço nas pernas, fraqueza, palidez, perda de apetite em função da intoxicação, acordar à noite para urinar, náusea e vômito. “Quando a pessoa chega nesse ponto já precisa de hemodiálise, e a gente quer com a campanha evitar esse ao estágio avançado, que gera um ônus muito grande para a qualidade de vida do paciente e para a família.” O médico ainda faz um apelo para que as mulheres se envolvam com o cuidado preventivo da família.“A gente quer também chamar a atenção das mulheres, que são as pessoas que mais cuidam da família, para que se previnam e que levem o pai, os irmãos, o marido para fazer os exames.”

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