AMPLIAÇÃO

Campinas terá mais 1,4 mil contêineres de coleta mecanizada

Instalação dos novos equipamentos será iniciada ainda em abril; atualmente, o município conta com 5,1 mil unidades

Da Redação
20/03/2024 às 08:46.
Atualizado em 20/03/2024 às 08:46
Os equipamentos necessários para a ampliação da quantidade de contêineres começaram a chegar da Alemanha na semana passada; capacidade de todas as unidades é de mil litros (Alessandro Torres)

Os equipamentos necessários para a ampliação da quantidade de contêineres começaram a chegar da Alemanha na semana passada; capacidade de todas as unidades é de mil litros (Alessandro Torres)

A Prefeitura de Campinas anunciou a ampliação da coleta mecanizada na cidade. Mais 1,4 mil contêineres serão instalados em vários bairros, com início previsto para o próximo mês, segundo a Administração. Os equipamentos começaram a chegar da Alemanha na semana passada, totalizando até agora 741. A montagem dos equipamentos, com a colocação das rodinhas e travas, está sendo feita na sede da Campi Ambiental, que é a responsável pela coleta de lixo no município. A cidade conta com 5,1 mil contêineres da coleta mecanizada. Eles servem para receber lixo domiciliar e cada um tem capacidade de 1 mil litros.

O secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, disse que os novos pontos de coleta mecanizada estão sendo planejados, mas o início da instalação deve acontecer nos bairros Bonfim e Vila Industrial. Ele destacou que o sistema traz vantagens, como evitar que o lixo se espalhe pela rua, que seja remexido por animais ou molhado pela chuva. Os equipamentos também conseguem otimizar a coleta e deixá-la mais rápida. 

“Há grandes benefícios da conteinerização, principalmente do ponto de vista da questão sanitária. O primeiro é que o contêiner está disponível 24 horas por dia para o cidadão colocar o resíduo. Segundo, como está conteinerizado, não está sujeito a cães, gatos, animais de rua, que podem rasgar e expor o lixo. Fica protegido, inclusive, de animais peçonhentos, como ratos, escorpiões, entre outros. E o terceiro benefício é que, não estando na calçada, a chuva não leva o saco de lixo, o que poderia entupir as bocas de lobo.”

Os bairros que atualmente possuem os contêineres da coleta mecanizada são Cambuí, Centro, Chácara Primavera, Taquaral, Jardim Proença, Ponte Preta, Vila Itapura, Vila Lemos, Jardim Bela Vista, Jardim Nossa Senhora de Fátima, Parque Taquaral, Vila Nova, Jardim Baronesa, Fazenda Rural Santa Cândida, Parque dos Jacarandás, Guanabara e nos distritos de Barão Geraldo, Sousas e Joaquim Egídio.

A coleta mecanizada foi implementada em Campinas em agosto de 2014. Os contêineres têm rodinhas, tampa e trava e permanecem em pontos pré-determinados das vias. Quando passa o caminhão de lixo, o contêiner é acoplado ao veículo e os resíduos são despejados no interior.

LIXEIRAS

No mês passado, a Secretaria iniciou a substituição das lixeiras de plástico, chamadas de papeleiras, por recipientes de concreto. Apenas na região central da cidade, a expectativa é substituir 100 unidades. O principal objetivo é evitar o vandalismo “frequente nas lixeiras de plástico, que ficam inutilizadas com frequência e precisam ser repostas”.

Paulella disse que a lixeira de concreto é muito mais durável e resistente do que as de plástico. Por mês, de acordo com o titular da Pasta, são depredadas cerca de 150 papeleiras de plástico. Cada uma delas custa em torno de R$ 150,00. A expectativa é que, com as novas unidades de concreto, diminuam os casos de vandalismo, uma prática criminosa, nas lixeiras. Cada uma das novas unidades custa cerca de R$ 600, quatro vezes mais em relação às de plástico, totalizando R$ 60 mil somente considerando as primeiras 100 substituições previstas.

“Por enquanto vamos instalar as novas lixeiras de concreto na região central e avaliar o funcionamento”, disse Paulella. De acordo com a Secretaria, Campinas conta hoje com cinco mil lixeiras (papeleiras). Não foi informado quando a substituição deve se estender aos demais bairros da cidade.

Já foram instaladas lixeiras de concreto no Largo do Rosário, na Praça Carlos Gomes, na Rua 13 de Maio, na Avenida Francisco Glicério, no Largo do Pará, no Largo das Andorinhas, na Praça Bento Quirino e na Praça Antônio Pompeu de Camargo, todos os locais no Centro. As lixeiras de plástico danificadas são recolhidas e depois encaminhadas para a reciclagem.

VANDALISMO

Como gestora de boa parte dos equipamentos abertos, de uso ao ar livre e nas ruas, como parques, praças, iluminação, academias, parquinhos, árvores, bocas de lobo, entre tantos outros, a Secretaria estimou que os gastos para reparar os danos por vandalismo chegam a R$ 1 milhão por ano, incluindo a compra de materiais e de horas de trabalho.

Os itens mais vandalizados sob a gestão da Secretaria de Serviços Públicos, além das lixeiras e dos contêineres de coleta mecanizada e de recicláveis, são placas informativas nos parques, equipamentos de parque infantil e de academia ao ar livre, peças de banheiros públicos, como torneiras, pias e vasos sanitários, árvores e mudas, grades de boca de lobo e tampas de poço de inspeção. 

Em 2023, Campinas registrou uma onda de vandalismo, principalmente no mês de setembro, com mais de 16 atos registrados no início do mês contra imóveis, equipamentos de lazer e esportes, terminais de ônibus, sanitários públicos e até mudas de árvores. 

“Quando um bem é depredado, a população perde porque não usufrui dos serviços, e a Administração Pública, porque gasta mais para repor o que foi danificado. Importante lembrar que vandalismo é crime, conforme artigo 163 do Código Penal brasileiro", se manifestou a Prefeitura em nota divulgada na época.

Ernesto Paulella explicou que o valor gasto na compra de materiais e de horas de trabalho para recuperar os bens danificados poderiam ser aplicados em outros projeto da cidade. “Com esse recurso, poderíamos fazer outras obras ou implementar projetos importantes para a cidade", destacou o secretário no ano passado.

Ele exemplificou as melhorias que poderiam ser executadas, como a construção de dois campos de futebol com alambrado e iluminação, ou mesmo a construção de um parque ecológico de 100 mil metros quadrados equipado. Com o montante, também seria possível fazer a urbanização de três praças de médio porte (média de R$ 300 mil cada) ou até o recapeamento de 5 km de vias públicas.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por