Campinas terá internação compulsória de drogados
Intenção é que a cidade tenha até cem vagas para a internação de dependentes químicos
Usuários de crack passam por uma blitz da Guarda Municipal na linha do trem no Centro de Campinas (Alessandro Rosman/AAN)
O governo do Estado anunciou nesta terça-feira (9), em Campinas, o início da internação compulsória de usuários de droga que vai ocorrer a partir de agosto na cidade.
A medida foi divulgada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) junto com a criação de um complexo de saúde, no Parque Itália, em um terreno da Prefeitura.
No local, será construída uma unidade de tratamento de dependentes químicos batizada de Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod).
O centro segue o mesmo modelo que foi instalado na capital no inicio do ano e que possibilita internações compulsórias de usuários de droga. Com a expansão da unidade, o Estado pretende unir forças com o Município, para fortalecer o enfrentamento da epidemia de crack que tem se espalhado por diversos pontos de Campinas, principalmente nos últimos dois anos.
O serviço deve começar a operar no complexo após a readequação do espaço que deve levar quatro meses e vai custar cerca de R$ 2 milhões. A intenção é que a cidade tenha até cem vagas para a internação.
Campinas é a primeira cidade do Estado, após a capital, a receber a unidade do chamado ‘Programa Recomeço’ que deve ser levado para outros municípios como São José do Rio Preto, Santos Jundiaí e Mogi das Cruzes.
O convênio entre Município e Estado foi assinado, na tarde desta terça, pelo prefeito Jonas Donizette (PSB) e pelo governador sob gritos e vaias de dezenas de manifestantes contrários a criação do centro. Eles não concordam com a promoção de internações contra a vontade do paciente.
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