dengue

Campinas tem uma morte confirmada

A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou na tarde de ontem a primeira morte por dengue do município em 2019. Trata-se de uma bebê de cinco meses

Henrique Hein
16/04/2019 às 09:27.
Atualizado em 04/04/2022 às 09:28

A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou na tarde de ontem a primeira morte por dengue do município em 2019. Trata-se de uma bebê de cinco meses, moradora da região Sul e que foi a óbito no dia 29 de março, em um hospital da rede privada. Uma segunda morte, a de uma estudante universitária de 19 anos, que faleceu na semana passada na cidade, segue sob investigação. Segundo a Secretaria de Saúde, mais de 1,5 mil novos casos da doença foram confirmados no município durante a última semana, totalizando 3.578 casos neste ano. Trata-se do maior índice de pessoas infectadas pela doença na cidade desde a epidemia de 2015. Para piorar, outros 2.151 casos ainda estão sob investigação e podem aumentar as estatísticas. Desde o final do mês passado, a Secretaria de Saúde vem atualizando os dados sobre a dengue todas as segundas-feiras. No levantamento anterior, divulgado em 8 de abril, eram 2.048 pessoas infectadas, o que representa um aumento de 74,7% dos casos em apenas uma semana. Em 1º de abril e 25 de março, eram 799 e 556 casos da doença confirmados, respectivamente. De 2001 para cá, 39 moradores de Campinas morreram após contrair dengue. Foram dois óbitos em 2007, três em 2010, um em 2011, 10 em 2014, 22 em 2015 e um em 2019 — resta a confirmação da estudante de 19 anos. A região mais afetada pela dengue é a Noroeste, onde fica o distrito de Campo Grande, com 1.368 casos (38% do total). Segundo a Prefeitura, a situação atual com relação à doença é preocupante e epidêmica. A grande maioria dos casos registrados no ano é do vírus tipo 2 (DEN-2), o que preocupa ainda mais as autoridades, já que quando uma pessoa pega um tipo de dengue, ela fica imune a ele automaticamente. O problema, contudo, é que como o tipo 2 não circulava na cidade há muito tempo, o que faz com que praticamente 100% dos campineiros fiquem suscetíveis a serem contaminados. A doença possui quatro variações: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Para tentar conter o avanço da doença, a Prefeitura fez uma reorganização dos centros de saúde priorizando o atendimento dos casos de dengue. Todas as pessoas com sinais e sintomas da doença estão sendo atendidas prioritariamente. Além disso, foi criado um serviço de referência com um centro de hidratação para atendimento aos pacientes com dengue, que funciona no centro de saúde São Bernardo. Pacientes de maior risco são atendidos nos hospitais e prontos-socorros. Desde 1º de abril, 180 pessoas foram atendidos no local. Ações Em nota, a Vigilância Epidemiológica informou ontem que intensificou as ações de prevenção na cidade, com o objetivo de evitar que a dengue continue se espalhando. Entre as medidas adotadas, estão atividades como o controle de criadouros, a nebulização, o bloqueio a cada ocorrência e as atividades de mobilização social, com o intuito de conscientizar a população sobre a importância de eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença. Segundo a Secretaria, mais de 410 mil imóveis foram visitados pelas equipes que atuam no controle da dengue entre julho de 2018 e abril de 2019. No mesmo período, cerca de 62 mil imóveis foram nebulizados com inseticida e mais de 40 mil criadouros foram removidos. “Campinas terá um período mais curto de pico epidêmico durante a sazonalidade, que vai até maio. Diariamente há 804 profissionais do quadro próprio da Prefeitura nas ações de prevenção de campo”, informou a pasta.

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