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Campinas supera capitais em ranking de desenvolvimento sustentável

Apenas São Paulo ficou à frente da metrópole; avanços na área ambiental e de saneamento foram responsáveis pelo resultado

Gustavo Abdel/ [email protected]
10/08/2023 às 08:46.
Atualizado em 10/08/2023 às 08:46
Projeto Usina Verde – Implantação e Operação de Usina de Compostagem de Resíduos Orgânicos é uma das iniciativas ambientais de sucesso da Administração Municipal (Kamá Ribeiro)

Projeto Usina Verde – Implantação e Operação de Usina de Compostagem de Resíduos Orgânicos é uma das iniciativas ambientais de sucesso da Administração Municipal (Kamá Ribeiro)

Avanços nas áreas ambiental e de saneamento colocaram Campinas à frente de todas as capitais brasileiras, com exceção de São Paulo, no ranking do Índice de Desenvolvimento Sustentável dos municípios brasileiros, divulgado essa semana pelo Instituto Cidades Sustentáveis. A metrópole aparece em 3º lugar entre as cidades com mais de um milhão de habitantes, e em 202º entre os 5.570 municípios brasileiros.

Dos 17 itens avaliados pelo estudo - denominados de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) - Campinas ficou com indicadores “muito altos” nas seguintes áreas: água potável e saneamento, energias renováveis e acessíveis, ação climática e esgoto tratado. As fontes de dados compilados pelo índice são fornecidas por governos e agências de pesquisa. 

Na avaliação final, Campinas apareceu com 57,7 pontos. Dentre os 20 municípios que compõe a Região Metropolitana de Campinas (RMC), a primeira colocada é Pedreira, com 62,5 pontos, 7ª colocada no ranking geral. Vinhedo (10ª no geral) e Indaiatuba (14ª no geral) aparecem na sequência. Campinas está na 11ª colocação na RMC.

Embora esteja entre as cidades melhores colocadas, o nível de desenvolvimento sustentável de Campinas foi classificado como “médio”. Segundo os dados compilados pelo instituto, houve uma queda de três pontos em relação ao ranking divulgado no ano passado. A Administração justifica a oscilação em razão dos impactos nas áreas sociais gerados pela pandemia de covid-19, nos últimos dois anos.

Diante do cenário nacional, o secretário municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Rogério Menezes, comemorou a manutenção de Campinas com boas avaliações quando o assunto é meio ambiente, recuperação ambiental e sustentabilidade.

“Conciliar os aspectos sociais, econômicos e ambientais é uma tarefa hercúlea. Nossa pasta coordena uma central de inteligência com mais de 70 técnicos, de diversas áreas, que acompanham todas as ações que são realizadas nas áreas ambiental e de sustentabilidade de Campinas”, destacou o secretário. “Temos muitas iniciativas boas, como o plantio de árvore em Áreas de Preservação Permanente. Já chegamos a 500 mil árvores plantadas nos últimos anos como forma de compensação ambiental”, completou.

Quanto ao item Água Potável e Saneamento, Campinas figurou com pontuações acima das referências estipuladas pelo indicador. Tanto no número de habitantes atendidos com abastecimento de água, como no índice de tratamento de esgoto, o município obteve nota acima de 90 pontos.

AVANÇAR

Para integrar a ação climática aos processos estratégicos de planejamento, gestão e serviços urbanos, a Prefeitura de Campinas lançou em maio o Plano Municipal de Ação Climática (PLAC). Sob coordenação da Secretaria do Verde, o documento deverá alinhar as prioridades sociais, ambientais e econômicas às ações voltadas à mitigação de emissões de gases de efeito estufa e aumento da resiliência da cidade.

Quatro diagnósticos técnicos darão base ao documento: análise do estado atual da ação climática integrada em Campinas, atualização do inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), elaboração de cenários de reduções de emissões para que sejam zeradas até 2050 e análise de riscos climáticos e sua distribuição sociogeográfica na cidade.

“A soma dos esforços dos diversos setores vai proporcionar o planejamento das futuras ações e adaptações. Existem mudanças em curso e precisamos planejar e pensar a cidade a partir delas”, destacou.

BOAS PRÁTICAS

Em junho, iniciativas de Campinas em três áreas foram reconhecidas na quarta edição do “Prêmio Cidades Sustentáveis: acelerando a implementação da Agenda 2030”.

Na área social, foi destacado o Projeto-Piloto Horta Comunitária: Cultivando no Florence, uma realização em parceria com a Fundação Feac dentro do programa “Campinas Solidária e Sustentável”, da Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos.

No campo ambiental, a premiação ocorreu por conta da implantação da Estação Produtora de Água de Reúso, da Sanasa. Pela vertente econômica, Campinas destacouse pelo projeto Usina Verde – Implantação e Operação de Usina de Compostagem de Resíduos Orgânicos.

A premiação teve como objetivo reconhecer as Boas Práticas de cidades que estão avançando na implementação da Agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com políticas públicas que apresentam resultados concretos e mensuráveis. As Boas Práticas foram classificadas de acordo com as categorias Ambiental, Social, Econômico e Governança, vinculadas a ODS específicos.

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