prevenção

Campinas se prepara para a 2ª onda

Plano de Contingência será entregue para um eventual aumento de contaminações pela doença

Gilson Rei
30/10/2020 às 11:53.
Atualizado em 27/03/2022 às 18:29
Adolescente morre por Covid em Campinas (Cedoc/RAC)

Adolescente morre por Covid em Campinas (Cedoc/RAC)

Um plano de contingência para atender com mais rapidez e eficiência a população de Campinas em situação de "Segunda Onda de Covid-19" será entregue pelo prefeito Jonas Donizette (PSB) ao próximo vencedor das eleições, que assumirá o cargo de prefeito em janeiro do ano que vem. Jonas anunciou ontem, em live nas redes sociais, que o plano é uma medida preventiva necessária, caso haja uma nova onda de contaminações por Covid-19 na cidade, como vem ocorrendo na Europa. Segundo Jonas, não existem indícios ainda de nova onda de contágios, mas ações desenvolvidas neste período de pandemia devem ser repassadas ao próximo prefeito, caso haja uma mudança no quadro, como vem ocorrendo na França, Itália e Alemanha. "A equipe de profissionais da Saúde e de outras áreas da Prefeitura decidiu, como precaução, elaborar um plano de contingência para servir como base à nova administração", comentou Jonas. O plano deverá ser criado no mês de novembro e entregue em dezembro. "No dia 15 de novembro e no dia 29 novembro haverá eleições. A meta é de entregar ao próximo prefeito este plano, com as providências a serem adotadas caso tenha a segunda onda", disse o prefeito. O plano vai abranger principalmente as ações a serem adotadas pela Secretaria de Saúde, mas vai incluir atos de outras áreas, como Assistência Social, Serviços Públicos, Administração e outras pastas, além da sugestão da criação de um Comitê Gestor da Covid-19, como ocorreu neste período de pandemia. Jonas disse que o documento será fundamental. "Será uma entrega para a população, em dezembro, antes da posse do próximo prefeito. É uma questão de segurança para todos", afirmou. O plano de contingência já começou a ser discutido. Carmino de Souza, secretário da Saúde, disse que a proposta surgiu na reunião do Comitê da Covid-19. "Campinas apresenta queda no contágio e nas mortes. Tem também ocupação de leitos controlada e abaixo dos 40%. Não existe nada que leve à segunda onda. Porém, o plano é importante porque a doença é imprevisível e pode voltar com a mesma rapidez que se vê atualmente na Europa", comentou. Carmino disse que o ideal é deixar tudo estruturado. "É obrigação nossa deixar o legado para possíveis retornos de pandemia. Devemos deixar delineada as ações de emergência e ganhar tempo no combate ao vírus para evitar mortes", disse. Segundo Carmino, o vírus veio em março com indícios de ter um comportamento sazonal e que acompanha períodos mais frios. "Não existe clareza, mas se isso ocorrer pode ser que os casos voltem a aumentar a partir de abril. Porém, pode ser também que a população volte a ter mais contágios no início do ano que vem. Temos que ver o comportamento do vírus. Por isso, a prudência é de deixar algo organizado para ações rápidas de combate e atendimento", finalizou Carmino.

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